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3 de Outubro de 2013 às 14:47

03/10/2013 - Bancários/RO querem que Fenaban renegocie e acabe com a greve


(Porto Velho-RO) - A greve dos bancários chegou ao seu 15º dia nesta quinta-feira, 3/10 com mais de 11 mil agências e centros administrativos fechados em todo o Brasil e com milhares de trabalhadores de braços cruzados na frente das unidades ou nos pontos de concentração.

Em Rondônia o número de agências fechadas permanece inalterado, com 106 fechadas, mas com um aumento na adesão de pessoas, que a cada dia cruzam os braços e vão para a rua protestar.

Na manhã de hoje bancários se reuniram na praça Getúlio Vargas, no Centro de Porto Velho, para um café da manhã com dirigentes sindicais e para reforçar a mobilização.

Apesar do fortalecimento do movimento os bancos ainda não se manifestaram para sequer sinalizar com alguma proposta de novas negociações e, por isso, o Comando Nacional dos bancários volta a se reunir nesta quinta para avaliar esta segunda semana de greve e fortalecer ainda mais a pressão em cima dos bancos para que este impasse seja resolvido o quanto antes.

Com os bancos fechados e com o atendimento ao público parado o comércio já sente os efeitos negativos da falta de dinheiro circulando, como mostrou matéria do jornalista Paulo dos Santos na edição do Diário da Amazônia do dia 25 de setembro. No texto os entrevistados confirmam queda acentuada nas vendas e já há uma preocupação para as datas comemorativas que se aproximam, como o Dia das Crianças, que pode estar comprometido por conta da greve.

“E essa é uma tendência que atinge todo o país, especialmente nos grandes centros comerciais. Mas nem isso até o momento foi capaz de demover os bancos dessa postura de arrogância e este silêncio deles (os bancos) faz somente fortalecer a greve e, claro, aumenta a revolta e os transtornos para a população”, comenta José Pinheiro, presidente do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO).

A greve nacional foi deflagrada no dia 19, depois que os bancários rejeitaram em assembleias realizadas dia 12 a (única) proposta apresentada pelos bancos até agora, que apenas repõe a inflação do período (6,1%) e nega as demais reivindicações econômicas e sociais.

 

AS PRINCIPAIS REIVINDICAÇÕES DOS BANCÁRIOS

* Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação)

* PLR: três salários mais R$ 5.553,15.

* Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).

* Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

* Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários.

* Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aplicação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.

* Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

* Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação.

* Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.

* Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.

(Com informações da Contraf-CUT)


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