Cuiabá MT - O Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (SEEB/MT) protestou nesta quarta-feira (02/09) em frente à agência do banco Itaú, localizada no Bairro Cristo Rei em Várzea Grande. O protesto foi em repúdio à demissão sem justa causa da Gerente Operacional com mais de 26 anos de carreira.
Segundo o secretário de políticas sociais do Sindicato e representante dos bancários de Mato Grosso na Comissão dos Empregados do Itaú (Coe/Itaú/Fetec-CUT/CN), Natércio Brito, a gerente operacional foi demitida, após a agência ter sido assaltada e os bandidos terem levados os envelopes que estavam sendo processados no caixa, na hora do assalto e segundo a direção do banco a funcionária deixou de cumprir norma operacional da tesouraria.
“O fato deixou a direção do Sindicato indignada, pois entende que o banco tem sido negligente em relação a segurança, já que não havia porta giratória com detector de metais e o procedimento da funcionária, em relação ao processamento dos envelopes no caixa é uma prática normal”, explica Natércio Brito, ressaltando que essa é uma prática rotineira, em dias e horários de pico dentro das agências bancárias, principalmente para agilizar o atendimento devido a falta de funcionário e a sobrecarga de trabalho.
A direção do Seeb/MT não aceita a demissão feita pela superintendência do Itaú e irá cobrar uma postura diferente do banco em relação aos seus funcionários. A funcionária era conhecida como uma pessoa que vestia a camisa do banco e colaborava com a imagem do Itáu, participando e desenvolvendo vários projetos sociais do banco.
“Entendemos que a demissão foi injusta. O banco quer transferir o risco do negócio à bancária, já que foi negligente em relação à segurança. A porta giratória com detector de metais só foi instalada depois que o sindicato fechou a agencia exigindo a instalação do dispositivo e entrou com ação na justiça cobrando indenização dos funcionários que foram vítimas de dois assaltos que ocorrem em menos de 45 dias”, afirma o diretor do Sindicato e advogado Dr. Eduardo Alencar
“Agora, o banco desconta na funcionária que tem mais de 26 anos de banco e está preste a adquirir a estabilidade pré-aposentadoria. Isso mostra o desrespeito do banco não só com relação a funcionária demitida mas com todos os Gerentes operacionais do Itaú e a paralisação visa inclusive abrir um canal de negociação para cobrar uma postura diferente do banco para com os seus funcionários”, completa.
“É preciso que o banco que mais lucra no país tenha mais respeitado com os seus trabalhadores. O Itaú está preocupado, somente, em obedecer à lógica do mercado para obter cada vez mais lucro, a qualquer custo. Não respeita os seus funcionários que vestem a camisa do banco, um funcionário não pode ser descartado após tantos anos de trabalho. Os funcionários são os responsáveis pelo lucro exorbitante e tornam o Itaú o numero um do Brasil”, frisou o diretor do Seeb/MT, Luiz Edwirges, revoltado com a falta de humanidade dos gestores do banco Itaú.
Fonte: SEEB/Mato Grosso - Da redação