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3 de Junho de 2015 às 08:15

03/06/2015 - SEEB/Brasília participa da inauguração da Casa da Mulher Brasileira


Brasília - Um espaço que acolhe, apoia e liberta. Este é o lema da Casa da Mulher Brasileira, inaugurada nesta terça-feira (2), em Brasília, pelo Governo Federal em parceria com o Governo do Distrito Federal. “É um local para romper o sofrimento das mulheres, onde elas possam se sentir protegidas e tomar as rédeas do seu destino”, destacou a presidenta Dilma Rousseff, presente à cerimônia de inauguração.

A presidenta ressaltou que dois números mostram a importância desta iniciativa pioneira: “Entre 2009 e 2011, 15 mulheres foram assassinadas por dia no Brasil e, em 2014, o Ligue 180 registrou 145 atendimentos diários relacionados à violência contra a mulher”, lamentou Dilma, ponderando que os governos não podem fechar os olhos para a realidade da violência contra as mulheres. E conclamou: “Não deixem de denunciar o desrespeito, a violência e o machismo”.

A Casa da Mulher Brasileira faz parte do desafio de construir programas de políticas públicas para as quase 1,5 milhão de mulheres que vivem no Distrito Federal. Eleonora Minecucci, ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, falou dessa necessidade e citou que a violência é a quinta causa de internação no Sistema Único de Saúde (SUS). “A Casa da Mulher é o resgate da cidadania, da autonomia econômica e da autoestima da mulher”, ponderou.

Bancária e deputada federal, Erika Kokay (PT/DF) participou do evento e comentou que a violência contra a mulher é um processo de desumanização. “Portanto, este espaço servirá para interromper esse ciclo de sofrimento e dar à mulher a oportunidade de dizer: quero minha vida de volta”, frisou.

Maria da Penha, que por 20 anos lutou para ver seu agressor preso e deu nome à Lei 11.340/06,  também destacou a importância da Casa da Mulher que, segundo ela, vai dar acolhimento e cidadania às mulheres, e encorajou a todas a denunciarem os maus-tratos, “para que seus filhos tenham uma convivência digna, sem violência”.

Apoio

 

O Sindicato, que é contrário a qualquer tipo de violência contra a mulher,  se fez presente ao evento, com a participação das diretoras Helenilda Cândido e Louraci Morais. “Nós apoiamos todas as políticas públicas voltadas para a  erradicação da violência contra a mulher e apoiamos totalmente este projeto, que traz grande alento às mulheres do DF, que registra, anualmente, 14 mil casos de violência”, assinalou Helenilda.

 

Serviços especializados 

A Casa da Mulher Brasileira, localizada na 601 Norte, a segunda a ser inaugurada no país,  é um dos eixos do Programa Mulher: Viver sem Violência, que tem por objetivo integrar e ampliar os serviços públicos existentes voltados às mulheres em situação de violência, mediante a articulação dos atendimentos especializados no âmbito da saúde, da justiça, da segurança pública, da rede socioassistencial e da promoção da autonomia financeira.

Para tanto, o programa e a Casa da Mulher Brasileira contam com importantes parceiros nos estados e municípios: Tribunal de Justiça Estadual, Defensoria Pública, Ministério Público, Governo do Estado, Prefeitura.

A primeira unidade da Casa da Mulher foi inaugurada em Campo Grande (MS), em fevereiro deste ano. A previsão é inaugurar mais quatro unidades em 2015: em São Luís, Fortaleza, Curitiba e São Paulo.

 

Em Brasília, o espaço de 3,5 mil metros quadrados de área construída tem capacidade de atender até 250 pessoas por dia e é dividido em setores com portas e janelas coloridas de acordo com a função. 

Mariluce Fernandes
Do Seeb Brasília

 


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