(Rio Branco-AC) - O 14º dia de greve bancária teve adesão de mais uma unidade da Caixa Econômica Federal. Nesta quarta-feira, a agência do município de Porto Acre, localizado na Vila do V, aderiu à paralisação nacional por tempo indeterminado.
Pela manhã, o presidente Edmar Batistela e os diretores Jorge Nichelli e Eudo Rafael estiveram na unidade para conversar com os funcionários e consolidar a paralisação.
- Foi uma visita bem proveitosa. A unidade paralisou suas atividades, assim com a greve chegando ao total de 38 agências somente no Acre – 11.016 paralisaram as atividades na terça-feira.
Nesta quarta-feira, a greve bancária completou duas semanas, mas a Fenaban continua com sua prática arrogante do silêncio. O último pronunciamento dos banqueiros ocorreu no dia 5, quando foi apresentada a única proposta – com reajuste de 6,1%, sem aumento real ou qualquer solução para a dura rotina de agências e concentrações. Os termos foram rejeitados por assembleias realizadas em todo o país, as mesmas que aprovaram o início da greve no dia 19 de setembro.
A respeito da ausência de notas nos caixas eletrônicos, o presidente do Sindicato dos Bancários do Acre, Edmar Batistela, explica que o gestor de cada unidade responde pelo serviço.
- Pode até existir ausência de notas nos caixas, mas algo comum, ocorrido até mesmo fora do período de greve. No entanto, se houver o problema da ausência de notas, o usuário precisa comunicar o fato ao gestor da unidade que este irá providenciar o reabastecimento dos caixas.
Batista explica ainda que as determinações a respeito da Lei de Greve estão sendo cumpridas pelos grevistas. Segundo ele, a compensação de cheque está funcionando normalmente, assim como os caixas eletrônicos e o pagamento de aposentados e pensionistas.
- Queremos a compreensão dos clientes e usuários neste momento. A nossa greve não é só por melhores salários e condições de trabalho. Nossa greve é também por melhor atendimento ao público dentro das unidades, finaliza.
A greve nacional dos bancários já é a maior dos 20 anos, mas a Fenaban continua resistindo na retomada das negociações, apesar da alta lucratividade do setor.
Fonte: Seeb/Acre - Manoel Façanha