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2 de Outubro de 2013 às 17:27

02/10/2013 - 14º dia de greve em Belém teve o Bradesco como centro das mobilizações


Mobilizações no Bradesco para pressionar a Fenaban a retomar as mesas de negociação. Em Belém, agência Marajó tá na greve!(Belém-PA) - Uma das marcas registradas dos bancos privados é a prática do assédio moral contra seus funcionários diariamente. Durante a greve, esse tipo de violência é ainda maior. Bancários e bancárias sofrem ameaças para não exercerem seu direito legítimo de lutar por melhores salários e condições de trabalho, sendo pressionados a chegarem mais cedo ao banco ou, no caso de a agência estar fechada, procurarem uma unidade aberta para trabalhar.

Em repúdio a tanta intransigência e desrespeito, o Sindicato dos Bancários do Pará fortaleceu suas mobilizações nessa quarta-feira (2), 14º dia de paralisação por tempo indeterminado da categoria, nas agências do Bradesco da capital paraense, em especial a Marajó e Presidente Vargas.

“Os banqueiros chegam ao cúmulo de dizer que a greve é culpa nossa, enquanto que na verdade a culpa é somente deles, que até agora só apresentaram uma proposta rebaixada sem ganho real. Estamos dispostos a só sair dessa greve quando tivermos aumento real para os salários, valorização do piso, melhorias nas condições de trabalho, não é a toa que essa já é a maior greve da categoria bancária dos últimos 20 anos, e ela pode ser ainda maior, então vem pra luta!”, reforça presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim.

Bradesco P.Vargas também tá na greve“Os banqueiros precisam respeitar o nosso movimento e atender às nossas reivindicações para as quais existem lucros mais do que suficientes comprovados pelo próprio Banco Central. É fácil pagar de bom moço nas propagandas veiculadas em horários nobres, mas só quem trabalha aqui sabe que a realidade é bem diferente, e por isso estamos em greve por tempo indeterminado”, ressalta a diretora do Sindicato e funcionária do banco, Heládia Carvalho.

O diretor do Sindicato Saulo Araújo, que também é funcionário do Bradesco, conhece de perto os problemas enfrentados pelos funcionários e funcionárias dos bancos privados. “Assédio moral é apenas um dos milhares de abusos que ocorrem diariamente no Bradesco, por exemplo, que quase toda semana é condenado pelo TST por alguma irregularidade contra seus funcionários e clientes. Desvio de função, cobrança por metas, demissões imotivadas e transporte de valores feito por bancários são outras dificuldades enfrentadas. Eu mesmo quase perdi a vida fazendo esse tipo de transporte no Marajó. Não podemos nos intimidar, pois é isso que os banqueiros querem. Temos que nos unir e mostrar o tamanho da nossa força, afinal somos nós responsáveis por tantos lucros”, lembra o dirigente sindical.

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Fonte: Bancários PA


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