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1 de Setembro de 2015 às 23:00

02/09/2015 - Nova morte de indígena por disputa de terras com ruralistas agrava tensão no MS


FACEBOOK/ATY GUASU

Após dez anos de espera por demarcação, guaranis-kaiowá tentam reocupar território demarcado e sofrem retaliação brutal por pistoleiros, a mando de latifundiários da região

por Redação da RBA

São Paulo – A morte a tiros do jovem guarani-kaiowá Semião Vilhalva, de 24 anos, do tekohá (território) Ñanderu Marangatu, no município de Antônio João, em Mato Grosso do Sul, voltou a fazer da região um território à beira da convulsão social. Vilhalva morreu no último sábado (29), durante ataque de pistoleiros, a mando de fazendeiros da região, segundo denúncia da Comissão Pastoral da Terra (CPT) e do Conselho Indigenista Missionário (Cimi).

Reportagens de Marilú Cabañas para a Rádio Brasil atual apontam que a área atacada já foi demarcada e homologada, em 2005, pelo presidente Lula, mas a homologação foi suspensa pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em decisão do ministro Gilmar Mendes, a pedido dos fazendeiros. No último dia 21, "num ato desesperado", relata a jornalista, os indígenas tentaram retomar o território, mas dias depois foram duramente retaliados pelos proprietários, numa ação à revelia da lei.

Num relato que pode revelar apenas parcialmente a gravidade da situação, a professora guarani-kaiowá Inaye Gomes Lopes estava no local quando Semião foi assassinado, e conta os detalhes: "Os fazendeiros entraram com (....) os pistoleiros deles. Houve massacres em dois lugares. Um na fazenda da proprietária Roseli, presidenta do Sindicato Rural, e em outra fazenda, do proprietário Dácio Queiroz, onde houve morte. Eles chegaram atirando, queimando motos, atirando com balas de borracha. Muitas pessoas se machucaram, ensanguentadas. Um jovem foi assassinado. Ele levou um tiro no rosto e morreu na beira do rio."

Veja a íntegra da matéria acessando aqui >>> 


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