Belém PA - Ser delegado, delegada ou dirigente sindical hoje em dia é muito mais do que carregar um título, significa abdicar de compromissos pessoais em prol da coletividade. Significa pensar, planejar, elaborar estratégias em busca da democracia e de um futuro melhor para a classe trabalhadora e a sociedade em geral.
E foi exatamente isso que alguns dirigentes e delegados sindicais fizeram na última sexta-feira (29), como forma de intensificar a Campanha Nacional e os preparativos para o plebiscito da reforma política.
“Primeiramente quero parabenizar a categoria pelo Dia do Bancário, que foi marcado por um ato aqui em Belém, para pressionar os banqueiros nas negociações com a Fenaban, e em protesto contra mais um sequestro de uma colega nossa. É por isso que nossa luta por melhores salários e condições de trabalho não pode parar. E essa luta não é só minha, deve ser de cada bancário e bancária, pois só assim mostramos a nossa força e disposição contra a ganância dos banqueiros”, destacou a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim.
Política e sindicalismo no Brasil - Após as saudações da mesa de abertura, o secretário nacional de juventude da CUT, Alfredo Santos Júnior explicou de uma forma bem didática o atual cenário e os desafios da política e o sindicalismo no Brasil.
“De nada adianta, por exemplo, as redes sociais do meu sindicato fazer o sindicalismo no dia-a-dia, se eu enquanto dirigente não faço o mesmo, não compartilho na minha página pessoal. Isso é levar ao debate, a reflexão”, comentou.
Reforma Política - Alfredo Júnior também aproveitou o evento para falar sobre o plebiscito da reforma política. O período de votação acontece entre os dias 1 a 7 de setembro.
“Essa é uma oportunidade pioneira no Brasil que temos de fazer com que a democracia seja de fato representativa da sociedade. Isso só vai ser possível através de uma reforma política. O plebiscito é só o primeiro passo, pois o sistema político precisa de mais. É preciso maior participação popular, transparência, controle do povo sobre o poder político, melhor uso do dinheiro público, entre outras coisas. É também importante que todos saíam hoje daqui com essa consciência e convoque mais pessoas para participar”.
O plebiscito é uma consulta na qual os cidadãos votam para aprovar ou não uma questão, sendo uma oportunidade para que milhões de brasileiros expressem a sua vontade política. Um dos principais pontos dessa reforma será a proibição de que banqueiros e empresários deem dinheiro para a eleição de presidentes, senadores, deputados, prefeitos, vereadores.
A pergunta que será feita às pessoas será: "Você é favorável a uma Assembleia Constituinte e Soberana do Sistema Político?". Se a maior parte das pessoas disser sim, abre-se o processo. Os organizadores estimam que de 10 milhões a 15 milhões vão participar. Haverá postos de votação em várias cidades, aqui em Belém, o Sindicato dos Bancários será uma das seções de votação.
“Com essas assinaturas, a nossa reivindicação chegará ao Congresso e este será pressionado a convocar um Assembleia Constituinte Exclusiva, que por ser exclusiva do sistema político brasileiro é também soberana e terá a voz da população,”, esclareceu a diretora de comunicação do Sindicato dos Bancários e militante da Marcha Mundial das Mulheres, Tatiana Oliveira.
Coquetel da categoria - À noite, ao final do curso, o Sindicato promoveu um coquetel em homenagem ao Dia Nacional dos Bancários e Bancárias, comemorado no dia 28 de agosto. O momento festivo foi animado pela voz e violão de Henrique Sena.
Durante o coquetel foi realizado o segundo e último sorteio da Campanha de Sindicalização e Atualização Cadastral 2014. Dois novos sindicalizados, ambos da Caixa Econômica, faturaram os prêmios. Confira os ganhadores:
André Borges Porto (CEF – Benevides): ganhou um smartphone
Rafael da Costa Sá (CEF – Guamá): ganhou um tablet
Fonte: Bancários PA