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2 de Abril de 2015 às 08:09

02/04/2015 - Mercantil do Brasil apresenta prejuízo de R$ 167,4 milhões em 2014


Banco mineiro cortou 257 postos de trabalho e fechou três agências

O Banco Mercantil do Brasil teve prejuízo líquido de R$ 167,4 milhões em 2014, o pior resultado dos últimos cinco anos. Uma queda bastante expressiva na comparação com 2013, quando o banco obteve lucro líquido de R$ 3,85 milhões. Com isso, a rentabilidade ficou negativa em 35,8%.

De acordo com a análise feita pelo Dieese, "este resultado foi impactado pela volatilidade do nível de inadimplência, com impacto negativo nas despesas de provisões para crédito de liquidação duvidosa, e o impacto negativo da alta da taxa básica de juros (Selic), refletida na elevação das despesas de Operações de Captação no Mercado" (Relatório da Administração - pág. 26).

Corte de empregos e fechamento de agências

O Mercantil encerrou o ano de 2014 com 2.870 funcionários, o que representa uma redução de 257 postos de trabalho. Em dezembro de 2013 eram 3.102 empregados. O número de agências também diminuiu, com o fechamento de três unidades, totalizando 189 em funcionamento. 

> Clique aqui para ver os destaques apurados pelo Dieese.

Carteira de crédito

A carteira de crédito, com um total de R$ 8,8 bilhões, apresentou queda de 4% em 2014. O segmento de pessoa física atingiu R$ 5,3 bilhões, com crescimento de 2% em relação a dezembro de 2013.

A carteira de pessoa jurídica, por sua vez, mostrou queda de 12% em 12 meses, totalizando R$ 3,5 bilhões em dezembro de 2014. As despesas de provisão para devedores duvidosos aumentaram 16,2%, totalizando R$ 771,6 milhões.

A taxa de inadimplência do Mercantil (para atrasos acima de 90 dias) cresceu 1,8 ponto percentual, ficando em 8,1%, bem acima da média do setor, que é de 3,5%.

Despesas de pessoal

As despesas de pessoal cresceram 7,9%, totalizando R$ 199,2 milhões no ano passado, enquanto as receitas de prestação de serviços mais a renda das tarifas bancárias tiveram redução de 0,7%, atingindo R$ 150,3 milhões. Assim, a cobertura das despesas de pessoal por essas receitas foi de 35,8% em 2014.


Fonte: Contraf-CUT com Dieese

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