Brasília - Na sexta-feira (27), o Conselho de Administração do BRB (Consad) destituiu os atuais diretores Vanderley Barbosa, Antonio Ailton e Cynthia Perciano, e nomeou para compor a diretoria os indicados pelo governador, Dario, funcionário de carreira do BRB e Gustavo Costa, atual diretor da Cartão BRB.
Os nomes serão apresentados ao Banco Central (Bacen) – a quem cabe dar o aval para sua efetivação na diretoria do banco, cuja posse somente ocorrerá após o aval do Bacen.
Com as atuais indicações do GDF, percebe-se um desbalanço na gestão, pois, dos sete indicados, quatro são de fora dos quadros do BRB, em que pese o presidente ser de carreira. Em reunião com o Sindicato, Vasco Gonçalves, presidente interino, afirmou que a configuração da nova diretoria seria de oito pessoas, o que representa um avanço, na medida em que acaba com o absurdo gigantismo da atual configuração.
Porém, como até agora foram indicados sete nomes pelo governador, resta uma vaga ainda a ser preenchida. Caso seja indicado novo(a) funcionário(a) de carreira, teremos uma diretoria sem maioria de funcionários do banco, com diretores oriundos do Banco do Brasil, Sérgio Nazaré, e da Caixa Econômica Federal, pois Gustavo Costa, antes de ser diretor da Cartão BRB, trabalhou na empresa de cartões da Caixa.
“Ainda permanece uma situação em que diretores vêm de bancos cuja cultura é bastante diversa da do BRB, o que pode gerar dificuldades de compreensão por parte destes diretores com o dia a dia do banco, na medida em que estes trazem ranços comportamentais de suas empresas de origem”, afirmou o diretor do Sindicato Antonio Eustáquio, que também é bancário do BRB.
Outro aspecto que chama a atenção, e o Sindicato considera no mínimo estranha e inadequada, foi a indicação de Dario, embora ele seja funcionário de carreira. O que o Sindicato estranha é o fato de Rollemberg ter indicado um ex-diretor que trabalhou na gestão de Ricardo Vieira, o mesmo que quis vender o BRB, a mando do ex-governador Arruda.
Porém, o que mais chama a atenção é o fato de que Dario fez parte da diretoria que fez a operação com os títulos FCVS em 2009, cujo resultado foi um prejuízo de R$ 134 milhões aos cofres do BRB. No mínimo, o governador e Dario teriam de dar uma explicação a este fato, vez que este prejuízo corresponde a quase o lucro que o BRB terá no exercício de 2014. Cabe também ao Banco Central observar a atuação de Dario e sua eventual responsabilidade naquela operação quando de sua avaliação naquele órgão.
Fonte: SEEB/Brasília - Da redação
17 de Junho de 2021 às 08:35
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