Campo Grande MS - Os bancários de Campo Grande-MS começaram ontem (30 de setembro) greve por tempo indeterminado. No primeiro dia foram fechadas 41 agências bancárias na Capital e até sexta-feira devem alcançar pelo menos 50% das agências.
O secretário geral do Seeb-CGMS (Sindicato dos Bancários de Campo Grande e Região), Edivaldo Barros, disse que o objetivo da greve que começou ontem, é atingir todas as agências de Campo Grande. "Sentimos que será adesão máxima. Esperamos que a paralisação seja aderida por 100% das agências na Capital respeitando mantendo apenas 30% do efetivo como é exigido por lei”, declarou. Segundo secretário do Seeb-CGMS, até mesmo os bancos estatais devem aderir à greve.
No ano passado, a greve durou 22 dias e dentro desse período, em algum momento, todas as mais de 80 agências da Capital integraram o movimento.
De acordo com a presidenta do Sindicato Iaci Azamor, explicou que antes da paralisação foram realizadas 8 negociações com o Febraban (Federação Nacional dos Bancos). Os grevistas reivindicam reajuste salarial, mais contratações, revisão de metas abusivas e segurança nas agências.
“Fizemos todos os procedimentos que antecedem a greve. Estamos negociando desde o dia 11 de agosto. Já tiveram muito tempo para decidir. Não podemos continuar assim, o banqueiro sai de casa pensando em cumprir metas e preocupado em garantir seu emprego”, explicou.
“Estamos indo nos bancos e fazendo a conscientização sobre a importância da paralisação. A greve foi deflagrada para todas as agências, mas nem todas aderem de início, conforme os dias eles vão aderindo”, explica o diretor de Relações Sindicais, Benício Pereira Faustino.
Conforme Benício, no Centro de Campo Grande, agências da Caixa Econômica, Itaú, Santander e Bradesco não abriram. “Colocamos carta aberta aos clientes nas portas e no fim do dia vamos fazer uma assembleia para conferir quantas não abriram hoje”.
O Banco Postal, que é correspondente do Brasil nos Correios, permanece aberto; além das Casas Lotéricas e algumas farmácias e supermercados, que fazem determinadas transações.
Neste ano, além de reposição salarial de 12,5%, a categoria pede melhores condições de assistência e de trabalho. O mote da greve, que é nacional, é “Nós queremos mais”. “Mais saúde, mais segurança, mais condições de trabalho e mais igualdade de oportunidades”, sustentou a presidenta Iaci Azamor Torres, afirmando que o serviço dos bancários tem sido precarizado em virtude da “busca desenfreada dos bancos por lucros”.
O sindicato representa cerca de 2.200 funcionários que trabalham nas 133 agências bancárias da Capital, 11 postos de atendimento e em outras 57 agências distribuídas em 27 municípios do Estado. O reajuste pedido pala categoria é de 12,5%, contudo, a Febraban ofereceu, inicialmente, 7% e, posteriormente, 7,35%.
Fonte: SEEB/Campo Grande