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1 de Outubro de 2013 às 18:28

01/10/2013 - Na Ride, bancários determinados mantêm 90% das agências paradas


(Formosa-GO) - “O silêncio dos banqueiros em relação às reivindicações dos trabalhadores do ramo financeiro, que estão em greve há 13 dias, é um desrespeito à categoria e também à população que usa os serviços bancários. Isso só aumenta a indignação e insatisfação da categoria, que, em resposta, fortalece a greve. A gente não arreda pé de buscar melhores salários e condições decentes de trabalho. Seguiremos a luta até quebrar a intransigência patronal”. A avaliação é de Clever Bomfim, presidente do Sintraf-Ride.

Para ele, nem mesmo as práticas antissindicais dos bancos estão conseguindo atemorizar os trabalhadores em greve. Os banqueiros conseguiram interditos proibitórios apenas para afastar os comitês de esclarecimento da porta de quatro agências na região de Formosa (GO). Nada mais. O direito de greve, garantido pela Constituição, não foi ferido em outras localidades. Assim, a paralisação continua forte atingindo 53 agências e postos bancários dos 17 municípios da Região Integrada de Desenvolvimento Econômico do Distrito Federal e Entorno (Ride).

“A postura antissindical e a falta de contraproposta decente às reivindicações dos bancários só demonstram que os patrões estão se lixando para os bancários e para a sociedade”. Segundo avalia Clever Bomfim. “Os banqueiros são movidos apenas pela ganância por lucros, seja por meio da exploração do trabalhador bancário, seja por meio de tarifas e juros exorbitantes e atendimento precário oferecidos aos usuários e clientes. Queremos uma sociedade com menos desigualdade. É por mais contratações e mais qualidade de vida que lutamos”, completa o presidente do Sintraf-Ride.

Apoio da Fenae

A Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) cobra, em editorial, que a Caixa Econômica Federal assuma a responsabilidade que lhe cabe na busca de solução para o impasse das negociações da campanha salarial 2013, como de resto outros bancos em relação ao conjunto dos trabalhadores do sistema financeiro nacional.

O editorial da Fenae questiona a falta de coerência da Caixa quanto ao seu apregoado propósito de em breve se colocar entre os três maiores bancos do país. Diz que “se a empresa busca o topo, no entanto, deve buscar também o protagonismo que cabe a quem chega lá”. A Caixa, aliás, é desafiada a atuar com base em um protagonismo positivo, guiado pelo reconhecimento ao esforço dos bancários e pelo respeito aos direitos e às necessidades dos cidadãos.

O texto desafia a Caixa, por fim, a atuar de forma responsável e condizente com o que representa no sistema financeiro. Segundo a Fenae, “a empresa precisa assumir papel de protagonista no âmbito da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e liderar as negociações, para que seja construída a solução que bancários e sociedade aguardam para a greve”.

Confira aqui a íntegra do editorial da Fenae.

Fonte: Sintraf-RIDE


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