Em sentido horário, da esquerda para a direita: os diretores do Sindicato Antonio Eustáquio (de branco), Ronaldo Lustosa, Cristiano Severo e Cida Sousa (de blusa preta e vermelha, à direita) e o diretor da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro Norte (Fetec-CUT/CN) André Nepomuceno (de blazer preto, à direita)

Em mais uma rodada de negociação sobre alterações no Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR), ocorrida dia 11 de junho, o BRB frustrou as expectativas dos funcionários. Nada de novo foi apresentado. O banco se limitou a apresentar novas trilhas para a carreira bancária, o que traz a discussão sobre essa carreira para o início. O Sindicato considerava que esta etapa estava praticamente superada em função das discussões ocorridas nas rodadas de negociação anteriores.

O banco apresentou ainda uma proposta para o encarreiramento da carreira jurídica, específica para os advogados. Sobre as novas trilhas para a área tecnológica, motivo principal da reunião realizada dia 11 de junho, nada foi apresentado, ficando para uma próxima reunião, cuja data sequer foi marcada, pois, segundo o banco, falta ainda análise jurídica para que a proposta para a TI seja apresentada. O jurídico do banco está com esta pauta há mais de 20 dias, o que pode configurar uma despreocupação deste setor com o avanço das discussões, cujo prazo se encerra em 30 de junho próximo.

“Está havendo desrespeito por parte do banco, que, pelo andar da carruagem, não honrará o compromisso estabelecido de concluir as discussões até o final deste mês. E, quando dizemos encerrar, significa submeter as propostas de alteração à assembleia”, afirmou o diretor do Sindicato Ronaldo Lustosa, que também é bancário do BRB.

Embora o banco não tenha  formalizado nenhuma proposta para a TI, o Sindicato apresentou ao banco os resultados de discussão prévia ocorrida com os funcionários daquele setor, visando à construção de uma proposta de encarreiramento que contemple o conjunto de trabalhadores ali lotados, sejam eles analistas de TI ou da carreira bancária. Na reunião, o Sindicato voltou ainda a cobrar respostas concretas para as pendências sobre a unificação de benefícios educacionais, na busca de que as alterações possam entrar em vigor no mês de julho, de forma que os beneficiários possam usufruir das melhorias já no segundo semestre.

O Sindicato cobrou também um quadro com o quantitativo de caixas de cada agência antes e depois da readequação em curso, e exigiu ainda uma resposta sobre a reivindicação de garantir a existências das vagas que são sempre utilizadas em períodos de pico, como o período de pagamento do GDF.

Por fim, o Sindicato reivindicou do banco a rediscussão dos critérios de distribuição da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) referente ao primeiro semestre, uma vez que este se encerra em 30 de junho. “Mais uma vez, o banco atrasa as discussões. Tem sido uma constante do banco este tipo de comportamento. Isto evidencia ou descaso ou falta de pessoal para realizar o serviço, e o Sindicato tende a acreditar que é realmente falta de pessoal, o que demonsta que a contratação de 160 novos funcionﾡrios não resolverá a carência hoje existente”, frisou o diretor do Sindicato Antonio Eustáquio, que também é bancário do BRB.

O banco sinalizou com a possibilidade de uma nova negociação até o final desta semana. Caso ela ocorra, mesmo de forma apertada, é possível cumprir o prazo limite para o encerramento desta discussão. Havendo a negociação, o Sindicato fará reunião com os delegados sindicais, aberta a quem puder participar, para discutir as propostas antes de levá-las à assembleia. É importante todos os funcionários ficarem atentos, pois a reunião deverá acontecer no início da próxima semana.

Fonte: Da Redação, Seeb Brasília