Brasília - Uma nova paralisação, desta vez de 24 horas, para cobrar respeito da diretoria do BRB. Esta foi a decisão unânime dos delegados sindicais do banco durante reunião na noite da quinta-feira (28).

Os delegados avaliaram como extremamente exitosa a paralisação de duas horas ocorrida no último dia 27, com adesão da quase totalidade das agências do BRB. Em pouquíssimos PAs houve atendimento apenas por parte da gerência, ficando o atendimento geral e os caixas totalmente parados.

O banco até agora não deu nenhuma resposta às reivindicações dos funcionários. Aliás, está tentando intimidar os bancários com pedido de lista de quem aderiu à paralisação. Este tipo de tática não surtirá efeito, e a resposta contundente, tomada na quinta-feira pelos delegados foi: NOVA PARALISAÇÃO, AGORA DE 24 HORAS, NO DIA 8 DE JUNHO.

“O Sindicato tem uma reunião com o presidente do banco, Vasco Gonçalves, e com o vice-presidente, Nilban de Melo, no próximo dia 3, ocasião em que espera resposta claras sobre a PLR não paga (queremos pagamento imediato), a situação dos gerentes de negócio, a suspensão da famigerada planilha de produção diária, e ainda novas contratações de escriturários.

Somente respostas que respeitem os trabalhadores do BRB, especialmente com uma data precisa de pagamento da PLR referente ao segundo semestre de 2014, poderão suspender a paralisação convocada para dia 8 de junho”, afirma Antonio Eustáquio, diretor do Sindicato.

Retaliações

O Sindicato repudia a tentativa de intimidação feita pelo banco de pressionar gerentes a apontarem quem aderiu à paralisação de duas horas no dia 27. Este procedimento se assemelha às listas de delatores da ditadura militar, quando o governo forçava covardes a denunciarem alguém para se livrarem de tortura, em um triste momento de nossa história, quando  se perseguia quem lutava por democracia e direitos. Nenhum gerente tem de “dedurar” ninguém. Esta tática tacanha e ultrapassada não encontrará campo para progredir no BRB, feito de homens e mulheres altivos e que não se dobram a caprichos de nenhuma diretoria.

Nenhum funcionário aceitará qualquer tipo de retaliação. A determinação é: CONFRONTO DIRETO SE QUALQUER UM FOR ATINGIDO. Tomemos como exemplo a famosa frase dos jovens franceses de maio de 1968, na resistência contra a repressão: “não toquem em meu companheiro, tocar nele significa tocar em mim”. Este é o caminho, luta por respeito, luta por direitos.

Fonte: SEEB/Brasília - Da Redação