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1 de Abril de 2014 às 16:49

01/04/2014 - Miguel Pereira analisa conjuntura brasileira como economicamente solida


Miguel Pereira Contraf

Miguel Pereira diz que ano eleitoral e esportivo vai manter mercado aquecido, mas crise na Argentina e recuperação dos EUA ainda afetam a economia brasileira. 

Por Rondineli Gonzalez - Seeb/RO 

(Porto Velho-RO) - O secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT Miguel Pereira, em sua palestra no 8º Coban, disse que as eleições gerais e a Copa do Mundo serão responsáveis pela economia sólida no país em 2014, já que os investimentos em grandes obras vão manter o aquecimento do mercado de trabalho e assegurar o crescimento do PIB, ainda que em patamares modestos.

“Em 2013 o PIB foi puxado pela agricultura, comércio e serviços. O consumo das famᆳlias continua crescendo, mas num ritmo menor e a política econômica do reajuste anual do salário mínimo continua permitindo o crescimento do rendimento real médio dos ocupados”, avaliou.

Mas, em caminho contrário o especialista menciona a crise econômica da Argentina, que está com o parque industrial destruído e acaba não importando os produtos brasileiros. E para servir também como ponto negativo a recuperação econômica dos Estados Unidos promove a fuga de capital do Brasil, já que, com isso, os demais países acabam buscando uma economia mais forte e confiável para as aplicações.

“A reversão gradual da política monetária nos EUA, com o seu aumento das taxas de juros, está provocando fuga de capitais e a desvalorização cambial nos países emergentes. Para evitar fuga de capitais, os emergentes estão elevando suas taxas internas de juros, que já são altas. A crise cambial em curso agrava a situação das contas externas e pode ter impactos negativos sobre a inflação, caso a desvalorização do Real seja muito rápida e intensa. A elevação dos juros, com previsão de 11,25% para 2014, inibe a expansão do PIB, encarece o custo do crédito e aumenta a dívida pública”, acrescenta.

Miguel Pereira destacou ainda o crescimento do lucro dos bancos, embora em patamares menos robustos que os últimos índices, mas dessa lista ele excluiu o HSBC e o Santander, que continuam sofrendo com uma crise na queda dos lucros e rendimentos a nível global.

Sobre o processo eleitoral que acontece em outubro, Pereira acredita que as eleições permitirão que os trabalhadores elejam representantes comprometidos com a classe do ramo financeiro e poderão garantir uma representação política mais forte para esta categoria.

“O custo para eleger um deputado federal gira em torno de 2 a R$ 10 milhões, mas com uma união forte podemos eleger representantes comprometidos que podem, especialmente, buscar a tão desejada reforma tributária e política, já que pagamos impostos caros e não recebemos a contrapartida desejada e, sobretudo, acabamos diante de um Congresso formado por parlamentares ruins que tiram vantagem de várias falhas nas leis que regem a política brasileira”, analisou.


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