Os temas da quarta rodada de negociações específicas com o Banco do Brasil foram as cláusulas sociais e previdência complementar.
Nas rodadas anteriores, não houve avanços. (Veja aqui) como foram as negociações sobre emprego e contratações, condições de trabalho e saúde e igualdade de oportunidades (Veja aqui), segurança bancária e isonomia (Veja aqui).
“Insistimos numa série de propostas presentes na nossa minuta de reivindicações, e recebemos insuficientes respostas por parte da empresa. Temos uma série de atividades mobilizatórias sendo realizadas em todo o Brasil para pressionar o banco para o cumprimento de nossos pleitos. Os bancários devem intensificar a mobilização para ampliar as conquistas e também resistir contra os ataques ao funcionalismo feitos pela direção do BB”, orienta Rafael Zanon, representante da Fetec-CUT/CN na Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, que assessora o Comando Nacional e a Contraf-CUT.
Lei continua existindo e bancárias querem negociação
Nesta sexta-feira, os representantes dos trabalhadores cobraram a regularização das situações de Brasília, Pará e Amapá, onde as mulheres que realizam horas extras continuam a ser punidas pela empresa. Cobraram, também, o pagamento dos 15 minutos trabalhados pelos bancários, sem remuneração, de janeiro de 2015 até hoje, e se comprometeram a apresentar provas de que o intervalo não foi usufruído.
O BB respondeu que tem mecanismos para aferir se a funcionária trabalhou ou não. Caso comprovado, os sindicatos exigem o pagamento dessas horas.
A postura do banco de não responder se pagará as horas efetivamente trabalhadas deixou indignados os dirigentes sindicais, que exigiram uma resposta sobre o assunto. Diante do embate na mesa de negociação, o BB marcou reunião sobre o pagamento das horas extras comprovadamente trabalhadas e também sobe a situação das mulheres de Brasília, do Pará e do Amapá, para a próxima terça-feira (15), às 10h.
O Sindicato de Brasília, contrário à posição do BB de transformar um direito em punição, realizou um ato nesta quarta-feira (9), em frente ao edifício sede do BB (Green Towers), no Setor de Autarquia Norte (SAN). Os bancários paralisaram por duas horas – das 7h às 9h – uma das principais dependências da empresa em apoio às bancárias, contra o assédio moral institucionalizado praticado pelo banco. (Veja aqui) como foi.
Abono sobre consultas médicas
Sobre a solicitação do abono para comparecimento a consulta médica, o BB ficou de estudar e concordou em conceder quatro abonos referentes a consultas médicas por mês às mulheres com gravidez de alto risco. A ampliação desse benefício é reivindicada para todas as mulheres em situação de gravidez.
Previ
Os funcionários do BB reivindicam a volta da consulta obrigatória ao corpo social na Previ para aprovação das contas e tomada de decisões importantes. Eles reivindicam também a possibilidade de os funcionários oriundos de bancos incorporados aderirem à Previ e cobram a instituição de teto de benefícios para os associados do Plano 1 da Previ.
Os trabalhadores reivindicaram ainda a criação de contribuição pessoal e patronal à previdência complementar sobre os valores recebidos de PLR. E propuseram ampliar o alcance da possibilidade de aumento da contribuição pessoal e patronal aos planos de previdência. E ainda o resgate da reserva patronal em caso de desligamento.
Outra reivindicação refere-se ao pagamento do vale-transporte nos translados intermunicipais.
LAPEF
Os representantes dos trabalhadores solicitaram a melhoria dos critérios referentes a esse direito conquistado e também a sua ampliação aos funcionários oriundos de bancos incorporados.
PAS
O fim da obrigatoriedade de adesão à Cassi e Previ para usufruto do PAS é outra reivindicação dos trabalhadores. O BB garantiu que está analisando os casos e dará uma resposta na próxima reunião.
Folgas eleitorais
Segundo a legislação, as folgas eleitorais não podem ser vendidas. É necessário regularizar o tema via acordo coletivo, estipulando um prazo para fruição, conforme orientação do Ministério Público do Trabalho. A proposta aprovada pelos bancários no 26º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil é a sua utilização na semana subsequente à sua aquisição. O BB ficou de apresentar uma contraproposta, entendendo ser inviável para a empresa conceder as folgas na semana seguinte.
Folgas
Ficou acertado em mesa um esforço das partes em melhorar a redação da cláusula do acordo coletivo referente à utilização e conversão das folgas.
Os representantes dos trabalhadores denunciaram problemas no sistema de remoção automática e reivindicaram o efetivo funcionamento da ferramenta.
Também foi denunciada a burla do TAO, onde funcionários são transferidos como escriturários e nomeados dentro da dependência imediatamente.
Outra reivindicação refere-se à regulamentação da possibilidade de permuta entre os funcionários.
Auxílio-educação e vale-cultura
Os representantes dos trabalhadores solicitaram o auxílio-educação para dependentes e o pagamento do vale-cultura para todos os funcionários, independente da faixa salarial.
PSO
O Comando Nacional reivindicou possibilidade de adição cruzada entre funcionários de agência e do PSO e revisão de regra de concorrência valorizando os caixas do PSO nas concorrências para assistentes.
Situação dos Terceirizados da copa do Sede 3
O Sindicato dos Bancários de Brasília denunciou ao BB a situação dos funcionários terceirizados que prestavam serviços à empresa Servicol. Eles não receberam os direitos trabalhistas referentes à rescisão do contrato com a empresa. O BB informou que participará, em setembro ainda, de audiência no Ministério Público do Trabalho para tratar do tema.
Próximas rodadas
Na próxima terça feira, 15, acontecerá em Brasília reunião com o BB para tratar da questão dos 15 minutos de intervalo das mulheres. Na sexta feira,18, em São Paulo, a reunião com o BB terá como tema as cláusulas econômicas.
Fonte: Fetec-CUT/CN com SEEB/Brasília