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4 de Outubro de 2016 às 09:02

Presidentes da CUT Brasília, Fetec e Sindicato: Somos todos bancários


Crédito: Reprodução
A Campanha Nacional dos Bancários de 2016 se tornou um “cabo de guerra” acentuadamente político-ideológico. Os empresários-banqueiros, fomentadores do golpe jurídico-político e cogestores da política econômica de Michel Temer, acirram a luta de classes para impor uma eventual derrota ao movimento sindical bancário. Não é por menos que governo e banqueiros se unem para derrotar a categoria do ramo financeiro.
 
Os bancários compõem uma categoria estratégica. São referência, pois enfrentam o patronato do setor mais forte e lucrativo do capital nacional, que produz alta rentabilidade em momentos de crescimento ou em momentos de crise. Os bancários compõem a única categoria que conquistou, com mobilização unificada envolvendo mais de cem sindicatos do país, uma convenção coletiva nacional com validade para bancos públicos e privados.
 
A intransigência patronal neste um mês de greve e a repressão sobre o movimento nesta conjuntura de pós-golpe, portanto, não ocorrem à toa. É o recado do empresariado do que ainda está por vir e de que vão jogar ainda duro.
 

Por isso, os bancários precisam da compreensão e da solidariedade de todos os trabalhadores e da sociedade.

Os banqueiros têm todas as condições de atender as reivindicações da categoria. Só com tarifas cobrem o custo da folha de pagamento, mas preferem desrespeitar os trabalhadores com propostas que impõem perdas salariais para a inflação. Com essa política dura, os banqueiros expõem principalmente a população de baixa renda à greve. Os bancos não sofrem qualquer sanção do Banco Central, que lhes concede a autorização de funcionamento. Mesmo sem prestar o atendimento aos clientes os bancos cobram tarifas.
 
Além de reivindicações financeiras os bancários também têm como eixo de campanha a defesa do emprego, combate às metas abusivas e ao assédio moral, fim da terceirização, defesa das empresas públicas e contra a perda de direitos. Um conjunto de propostas que buscam melhorar o atendimento dos clientes e proteger o patrimônio público contra o desmonte do Estado, que só favorece o capital privado.
 
A “receita” de arrocho salarial e demissões, copiada da cartilha neoliberal, não reduziu a inflação e ainda aprofundou a crise fiscal. Daí fica claro um conchavo entre governo e banqueiros para estabelecer um novo paradigma de relações trabalhistas já no enfrentamento da primeira greve após o golpe parlamentar. Querem jogar nas costas dos trabalhadores o ônus da crise econômica e financeira do país e acelerar a retomada de lucros astronômicos à custa de salários menores, mais jornada de trabalho, mais desemprego, mais tempo de trabalho para aposentadoria, mais acidentes e adoecimentos do trabalho etc.
 
Por isso, que governo golpista e empresariado querem a retirada de direitos, a terceirização ilimitada, golpe na previdência, entrega do patrimônio público, quebra do SUS, sucateamento da Educação e Saúde!
 
Junte-se a nós, bancários, nessa luta. Ela é de todos os trabalhadores brasileiros.
 
 
Eduardo Araujo de Souza – Presidente Seeb Brasília
 
Jose Avelino Barreto – Presidente Fetec-CUT/CN
 
Rodrigo Lopes Britto – Presidente CUT Brasília

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