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18 de Setembro de 2015 às 16:28

Negociações com o Banpará precisam de mais avanços

Na avaliação das entidades sindicais, a dinâmica das rodadas específicas com o Banpará precisar ser mais objetivas e propositivas para atingir as mais de 90 cláusulas da minuta específica do Banpará


Crédito: SEEB/Pará

Belém PA - Na manhã desta sexta-feira (18), o Sindicato dos Bancários do Pará, Contraf-CUT, Fetec-CUT Centro Norte, CUT Pará e Afbepa deram continuidade às negociações com o Banpará em torno da minuta específica de reivindicações do funcionalismo na Campanha Nacional 2015.

As discussões foram do artigo 11 ao artigo 23, com destaque no artigo sobre Abono Atividade Física (Art.23), onde o banco propôs ampliar em 10% o benefício. Porém, as entidades pediram que o banco avaliasse melhor a reivindicação dos trabalhadores, levando em consideração, principalmente, o reajuste de 33% que houve nos valores cobrados pelas academias.

Outro destaque foi a resposta dada pelo banco para os critérios de eleição de delegados sindicais, de que concorda em adotar o critério de liberar a eleição de 1 delgado sindical para unidades com até 50 funcionários. Atualmente, a partir de 10 funcionários por unidade se elege 1 delegado sindical no Banpará. O avanço na proposta é que agora unidades com menos de 10 serão contempladas. Apesar disso, o banco se nega a reconhecer a estabilidade dos delegados sindicais no Acordo Coletivo de Trabalho, ainda que isso conste na CLT.

Já a cláusula sobre o PCS, prevista para ser debatida na reunião de hoje, foi transferida para a próxima reunião, no dia 24/09, às 14h30.

Na avaliação das entidades sindicais, a dinâmica das rodadas específicas com o Banpará precisar ser mais objetivas e propositivas.

“Temos mais de 90 cláusulas na minuta específica do Banpará, sendo que até o momento realizamos duas reuniões e ainda não chegamos a debater nem a metade das reivindicações. Precisamos de uma dinâmica mais objetiva, tendo em vista que o banco já conhece todas as demandas da minuta do funcionalismo e poderia ser mais propositivo no debate, pois os ‘avanços’ que tivemos foram muito tímidos diante dos reais anseios dos bancários e bancárias do Banpará”, destaca a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim.

“Estamos chegando em um momento crucial da Campanha Nacional, onde os banqueiros sinalizam apresentar uma proposta global no próximo dia 25. O Banpará segue o protocolo dos demais bancos, sem muitos avanços que contemple o conjunto do funcionalismo. Precisamos de uma proposta global, para encaminharmos um possível desfecho para a Campanha no Banco do Estado”, avalia o secretário executivo da Contraf-CUT, Adílson Barros.

“Apesar da proposta do banco para atividade física e para eleição dos delegados sindicais, ainda há muito para avançar. Temos muitas demandas ligadas à remuneração, emprego, saúde, condições de trabalho, segurança e que precisam de respostas por parte do banco. A dinâmica da mesa está muito lenta, precisamos ser mais objetivos nas discussões para avançarmos nos debates rumo a um acordo coletivo que atenda aos interesses dos trabalhadores e trabalhadoras do Banpará”, ressalta a diretora do Sindicato e funcionária do Banco do Estado, Érica Fabíola.

“Com a terceira rodada prevista para a próxima quinta-feira (24), o banco precisa responder mais objetivamente às justas reivindicações da categoria. E com mais celeridade, pois dia 25 a Fenaban apresenta a proposta geral de remuneração. Nesta segunda rodada, houve ligeiro avanço nos itens de delegados sindicais e também no abono academia. Banco pode e precisa avançar mais”, afirma a diretora da CUT Pará e funcionária do Banpará, Vera Paoloni.

“Apesar de sinalizar alguns poucos itens da pauta, o banco é tímido em atender as reivindicações da categoria. A Fetec-CN espera que a próxima rodada tenha avanços significativos”, reivindica a dirigente da Federação Centro Norte, Andréa Vasconcelos.

Representaram o funcionalismo na reunião de hoje a presidenta do Sindicato Rosalina Amorim e a dirigente sindical Érica Fabíola, o secretário executivo da Contaf-CUT Adílson Barros, a secretária de bancos públicos da Fetec-CUT/CN Andréa Vasconcelos, a diretora da CUT-PA Vera Paoloni, a diretora da Afbepa Kátia Furtado e a assessora jurídica do Sindicato Mary Cohen.

Confira o resumo dessa segunda rodada

Gratificação para funcionários do SAC – O banco fará um estudo de mercado e apresentará proposta na próxima reunião. O Sindicato também irá analisar como funciona o SAC nos demais bancos.

Isonomia e reajuste de comissões – Entidades reivindicaram que o banco faça um estudo sobre o que é praticado e apresente na próxima reunião.

Gratificação de caixa em treinamento ou substituição – Banco disse que já pratica.

Incorporação de 10% da comissão – O banco disse que analisa a viabilidade de aplicar a súmula 372 do Tribunal Superior do Trabalho, que diz que a partir de 10 anos na função o trabalhador adquire o direito de incorporação de 100% da comissão.

Garantia de permanência da função comissionada – Entidades reivindicam a construção de critérios objetivos para comissionamento e descomissionamento. O banco disse que já desenvolve trabalho nesse sentido.

Pagamento de sobreaviso – Banco disse apenas que mantém o que é praticado hoje, que é o pagamento de 1/3 sobre a remuneração.

Imediata efetivação das funções – Banco disse que pratica a efetivação nas funções a partir de 90 dias. Porém, as entidades sindicais discordaram da afirmativa em mesa, citaram casos em que não houve a imediata efetivação, considerando os prazos previstos do Acordo, e cobraram providências para garantia dessa reivindicação.

Aumento da gratificação aos funcionários do Call Center – Banco vai avaliar a situação e retorna na próxima reunião.

Auxílio Aluguel – Banco disse que já pratica pelo prazo de 36 meses e que não tem como avançar nesse ponto.

Ajuda deslocamento e comunicação – Banco disse que já pratica e que nenhum funcionário tem despesa que não seja ressarcida.

Abono atividade física – Banco propôs aumentar em 10% o benefício, mas as entidades querem discutir mais o ponto para avançar ainda mais na proposta.

 

Principais reivindicações no Banpará:


»Mais contratações e melhoria das condições de trabalho
»Mais investimentos em segurança e na prevenção contra assaltos e sequestros
»Valorização e incorporação das funções
»Critérios claros para comissionamentos e descomissionamentos
»Estender o Plano de Saúde aos aposentados inativos e aos ascendentes
»Espaço para descanso em todas as unidades
»Combate às metas abusivas e a todas as formas de assédio
»Distribição de PLR linear para todos
»Valorização do anuênio
»Promoção por merecimento para todos em janeiro de 2016

Confira aqui o calendário e como foram as negociações com os bancos até agora. 

Fonte: Bancários PA


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