por Redação RBA
São Paulo – A ideia de um plebiscito, admitida pela presidenta afastada, Dilma Rousseff, não é endossada por líderes que participam, na tarde de hoje (10), de ato contra o governo interino de Michel Temer. "A CUT defende o retorno da presidenta porque ela é a figura eleita pelo voto popular", diz o presidente da central em São Paulo, Douglas Izzo. "Não defendemos a realização de plebiscito para antecipação de eleições para Presidência. Precisamos aumentar o debate para encontrar uma saída para a crise", acrescenta.
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Para o dirigente, é preciso "abrir o debate" para que a crise se resolva conforme as regras democráticas. "Dilma Rousseff deve voltar mesmo com esse Congresso conservador já que o Michel Temer, o governo interino, também não está conseguindo colocar termo a crise", disse Izzo, pouco antes do início do ato na Avenida Paulista.
"Nós achamos que, neste momento, mais importante do que convocar plebiscito é aumentar a resistência popular contra o golpe. Eles querem que a Dilma renuncie e tenha novas eleições, mas a presidente tem de terminar o seu mandato", afirma o coordenador estadual da Central de Movimentos Populares (CMP), Raimundo Bonfim. "Os senadores têm que ser mais claros, eles sabem que não houve crime de responsabilidade."
Para ele, a proposta de plebiscito não tem unidade". "A Dilma deve retornar e mudar na política econômica", diz, sugerindo usar uma parte das reservas cambiais "para ajustar a economia" brasileira. "É preciso também combater a sonegação, que sangra R$ 500 bilhões por ano", acrescenta Raimundo.
O ato na Paulista é um entre dezenas que ocorrem hoje pelo país. No início da noite, é esperada a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Com reportagem de Helder Lima