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20 de Junho de 2016 às 13:29

Em dia de luta, Sindicato dos Bancários percorre agências do Santander em Campo Grande


Crédito: MSC

Campo Grande MS - Em protesto por melhores condições de trabalho e avanços nos direitos sociais dos trabalhadores, o Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região se mobiliza nesta segunda-feira, dia 20 de junho, e percorre as agência do Santander na Capital para conversar com os trabalhadores. Mesmo com lucros exorbitantes, o banco vem sobrecarregando os funcionários, sem falar do assédio moral para o cumprimento de metas.

Somente no primeiro trimestre de 2016, o Santander lucrou R$ 1,660 bilhão, crescimento de 1,7% em doze meses e de 3,3% em relação aos últimos três meses de 2015. Apenas com o que ganha com tarifas, o banco cobre 148% da sua folha salarial.

O movimento sindical está em negociação com o Santander para a renovação do Acordo Aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). “O documento garante uma série de direitos exclusivos

aos trabalhadores da instituição financeira, mas as negociações não estão avançando, o que está deixando os representantes sindicais e dos trabalhadores frustrados e desapontados”, comentou o presidente do Sindicato, Edvaldo Barros.

Entre as reivindicações da categoria, estão: contratação de mais funcionários; mudanças das metas que são abusivas e muitas vezes inatingíveis; distribuição mais justa dos valores, reduzindo a desigualdade que hoje impera entre o que é pago aos 50 mil bancários e o que recebe a alta cúpula do banco; entre outros.

Também estão sendo debatidas isenção de tarifas e redução de taxas de juros para os funcionários. Embora haja alguns pacotes especiais de tarifas, os dirigentes sindicais entendem que deveriam ser gratuitos, uma vez que os trabalhadores são responsáveis pelo crescimento e altos lucros do banco.

 

Justiça

Para se ter uma ideia do descaso do banco espanhol com os funcionários, em 24 de novembro de 2015, mesmo depois de mais de duas décadas de serviços prestados ao Santander em Campo Grande, um funcionário que exercia cargo de gerência foi demitido enquanto estava de licença saúde para tratamento do Ler/Dort. Ele só foi readmitido em junho deste ano, depois que o Sindicato dos Bancários entrou com uma ação judicial pleiteando a reintegração do bancário.

“Precisamos ficar atentos, porque os bancos estão demitindo funcionários que adoecem, muitas vezes, por causa da falta de condições de trabalho do próprio banco. Vamos continuar lutando em prol da categoria e contra decisões desumanas como essa e, diante dos altos lucros dos bancos, não há motivo pra demitir”, concluiu o presidente do sindicato, Edvaldo Barros. 

 

Por: Tatiana Martins/Assessoria de Imprensa do SEEB-CG


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