Brasília - O 11 de maio de 2016 ficará marcado na história do Brasil. Assim como o 31 de março de 1964, quando o governo legalmente constituído de João Goulart foi deposto pelo golpe militar. Será mais um daqueles tristes dias em que toda a luta pela democracia e por um país melhor e mais justo será ignorada. Infelizmente, isso só será percebido pela maioria dos brasileiros daqui a alguns anos, após muita reflexão e, provavelmente, muitos retrocessos.

O que está em curso é, sim, um golpe. Não apenas contra o governo de Dilma Rousseff. Mas contra as instituições democráticas que foram duramente conquistadas e, logo se perceberá, contra os direitos civis e a classe trabalhadora. Sob o pretexto hipócrita de combate à corrupção, forças conservadoras, com o apoio da grande mídia, avançam para implementar o projeto que foi derrotado nas quatro últimas eleições.

O retrato do Brasil que se aproxima é de sérias ameaças aos brasileiros e ao patrimônio dos mesmos. Projetos em tramitação no Congresso Nacional e a “pinguela para o passado” do PMDB são a prova. Empresas públicas como a Caixa Econômica Federal, garantias trabalhistas, aposentadorias e os programas sociais que tiraram milhões da miséria, entre outros, estarão no foco de destruição daqueles que nunca aceitaram a ascensão do povo.

A criminalização dos movimentos sociais também custará caro. Foi a partir de 2003 que o país passou a ser construído, dia a dia, com diálogo e participação popular, com a decisiva atuação de centrais sindicais e outras entidades representativas. Minorias ganharam voz, foram pela primeira vez convidadas a participar de debates nos gabinetes e palácios. E essa é mais uma realidade que os conservadores golpistas não admitem.

A democracia e as transformações em favor dos brasileiros serão interrompidas neste 11 de maio de 2016, por meio de um golpe articulado pelos que representam o que a política deste país tem de pior. A luta continua! Talvez levaremos anos para reconquistar direitos e voltar a caminhar para frente. Tudo vai depender de quando parte da população vai despertar da ilusão vendida pela mídia. Estaremos nas ruas para que isso ocorra o quanto antes!

Diretoria da Fenae
Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa