“É fundamental nesse momento que o funcionalismo do Banpará esteja mobilizado para pressionar o banco a atender às reivindicações da categoria. O banco está com a linha de tencionar a mesa e de não ceder às reivindicações do funcionalismo, mas nossa história de lutas no Banpará tem mostrado que com unidade, organização e mobilização temos força suficiente para defender nossos direitos e avançar para novas conquistas”, destaca a presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará, Rosalina Amorim.
As entidades sindicais também avaliam que a mesa de negociação é um espaço importante para a categoria discutir suas demandas e construir um acordo coletivo de forma democrática, e por isso cobram mais objetividade por parte do banco nos debates da mesa específica.
“O Banpará recebeu a minuta no dia 20 de agosto, tempo suficiente para analisar as reivindicações da categoria e apresentar propostas nos debates durante as rodadas de negociação. Defendemos a mesa específica como espaço legítimo e democrático para construção dos acordos coletivos, mas precisamos otimizar esse espaço com propostas do banco para as reivindicações dos trabalhadores”, afirma o secretário executivo da Contraf-CUT, Adílson Barros.
As entidades sindicais orientam que funcionalismo do Banpará fique atento e acompanhe as notícias sobre as negociações gerais e específicas no Banco do Estado, para manter a organização e mobilização da categoria nesta Campanha Nacional.
“As negociações com o Banpará começaram sem avanços e tudo indica que o banco deve manter essa postura de intransigência. Por isso, reforçamos ao funcionalismo do banco que esteja sempre bem informado sobre o andamento das negociações e fiquemos todos em estado de alerta, pois o momento é de luta em defesa dos nossos direitos e de avanços em nossas conquistas”, ressalta a diretora do sindicato e funcionária do Banpará, Odinéa Gonçalves.
“O banco poderia ter apresentado uma proposta que contemplasse as reivindicações do funcionalismo. Perdeu essa oportunidade e espero que dia 18 venha com respostas concretas e assertivas. Esse início sem uma sinalização clara de avanços pode indicar à categoria que não há disposição efetiva de negociar”, avalia a funcionária do Banpará e representante da CUT-PA na mesa de negociação, Vera Paoloni.
“Foi importante ter sido dado o pontapé inicial na mesa de negociação. Mas o banco já se coloca resistente em atender as mais simples reivindicações dos trabalhadores. Esperamos que mude essa postura nas próximas rodadas e se não mudar, movimento sindical e categoria do Banpará darão a resposta à altura”, conclui a representante da Fetec Centro Norte, Andrea Vasconcelos.
A próxima rodada com o Banpará será no dia 18/09, às 10h, na matriz do banco em Belém. A última rodada estava prevista para o dia 22, mas foi transferida para o dia 24/09.
Representaram o funcionalismo na reunião de hoje a presidenta do Sindicato Rosalina Amorim e a dirigente sindical Odinéa Gonçalves, o secretário executivo da Contraf-CUT Adílson Barros, a secretária de bancos públicos da Fetec-CUT/CN Andréa Vasconcelos, a diretora da CUT-PA Vera Paoloni, a diretora da Afbepa Kátia Furtado e a assessora jurídica do Sindicato Mary Cohen.
Confira o resumo dessa primeira rodada no Banpará:
Tempo de serviço/Anuênio – Banco disse que vai espera a proposta de índice da Fenaban para apresentar proposta.
Isenção de tarifas e juros – Banco disse que já pratica isenção de tarifas, que as taxas de juros aos funcionários são diferenciadas, e se negou a qualquer avanço nesse ponto.
Cesta e auxílio refeição – Banco também disse que aguardará a mesa da Fenaban sobre as cláusulas econômicas.
Frequência livre para o dirigente sindical – Banco disse que ano passado ampliou para a liberação de mais um dirigente sindical e que, por isso, não irá ampliar liberações para esse ano.
Delegado Sindical – Banco ficou de responder na próxima reunião sobre estabilidade, não transferência e não descomissionamento dos delegados sindicais.
Liberação para participação em atividades sindicais – Banco limitou-se a dizer que dará resposta na próxima reunião.
Quebra de caixa para tesoureiros e coordenadores da PAB’s – Banco disse que aguardará nova proposta de redação sobre esse tema, pois argumentou que da forma como está redigido na minuta não teria como atender a reivindicação.
Principais reivindicações no Banpará:
»Mais contratações e melhoria das condições de trabalho
»Mais investimentos em segurança e na prevenção contra assaltos e sequestros
»Valorização e incorporação das funções
»Critérios claros para comissionamentos e descomissionamentos
»Estender o Plano de Saúde aos aposentados inativos e aos ascendentes
»Espaço para descanso em todas as unidades
»Combate às metas abusivas e a todas as formas de assédio
Fonte: Bancários PA