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31 de Julho de 2016 às 15:05

Bancários querem 5% de aumento real, mais emprego e fim do assédio moral

18ª Conferência Nacional aprova pauta de reivindicações, que incluem ainda PLR melhor, igualdade de oportunidade e mais segurança. Bancários também vão às ruas para defender democracia e direitos dos trabalhadores


Crédito: Reprodução

Após três dias de discussões, a 18ª Conferência Nacional dos Bancários aprovou na plenária final, realizada neste domingo 31 em São Paulo, a estratégia e a pauta de reivindicações da Campanha Nacional de 2016, que inclui a manutenção da campanha unificada entre bancos públicos e privados, aumento real de 5% (acima da inflação), melhoria na PLR, fim das demissões e do assédio moral, igualdade de oportunidades e mais segurança. O encontro também decidiu intensificar a mobilização para resistir ao golpe e defender a democracia e os direitos históricos dos trabalhadores e os bancos públicos, ameaçados pelo governo interino e ilegítimo de Michel Temer e pelos setores conservadores patrocinados pelo patronato.

A pauta de reivindicações será entregue à Fenaban (Federação dos Bancos) no dia 9 de agosto, em São Paulo.

Participaram da 18ª Conferência, realizada no Hotel Holliday Inn, 633 delegados eleitos em todo o país e 62 observadores, dos quais respectivamente 71 delegados e 7 observadores dos 12 sindicatos da Federação do Centro Norte (Fetec-CUT/CN): Mato Grosso, Rondônia, Acre, Roraima, Brasília, Pará, Amapá, da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno-RIDE, de Rondonópolis (MT) e Região Sul, de Dourados (MS) e Região, Barra do Garças (MT) e Região e de Campo Grande (MS) e Região.

“É importante destacar a participação muito ativa dos delegados dos sindicatos das nossas bases na Conferência Nacional, defendendo as propostas aprovadas democraticamente nos nossos fóruns estaduais e regionais de discussão”, elogia José Avelino, presidente da Fetec-CUT/CN.

“Agora vamos pra rua, mobilizar a categoria e os demais trabalhadores para defender a democracia e os nossos direitos que estão ameaçados pelo governo interino e usurpador. Nenhuma direito a menos. E vamos construir uma campanha nacional forte para acrescentarmos novas conquistas à nossa convenção coletiva”, acrescenta Avelino.

 

A avaliação dos bancários da Fetec-CUT/CN

 

Eduardo Araújo, presidente do Sindicato de Brasília:

“Além de estreitar a unidade nacional da categoria, dos bancos públicos e privados, uma das principais razões das nossas campanhas vitoriosas nos anos anteriores, diante da conjuntura difícil de golpe que vivemos contra a democracia, que visa retirar direitos de toda a classe trabalhadora, precisamos também procurar unificar a nossa campanha nacional com as outras categorias que estão em campanha salarial em defesa da democracia e da preservação dos direitos da classe trabalhadora”.

 

Rosalina Amorim, presidenta do Sindicato do Pará:

”Foi uma conferência extremamente importante nessa conjuntura difícil, para reafirmar a luta pela manutenção dos nossos direitos, a defesa da democracia e construir uma pauta dos bancários para campanha nacional. Vamos agora ampliar a participação e a mobilização de toda a categoria para avançarmos nas conquistas econômicas e sociais dos bancários”.

 

José Pinheiro de Oliveira, presidente do Sindicato de Rondônia:

“Essa será uma campanha em que temos que ter unidade, para cobrar dos bancos aumento real de salário, melhores condições de trabalho e fim do assédio moral. E não podemos aceitar de modo algum a política de abono, que os bancos sempre querem nos impor. Precisamos também lutar para preservar a saúde dos bancários, porque somos a categoria que mais tem sofrido com adoecimentos de ordem psíquica por causa das metas abusivas e do assédio moral”. 

 

Edvaldo Franco Barros, presidente do Sindicato de Campo Grande:

“O seminário no primeiro dia foi importante para a análise da conjuntura nacional, o que nos balizou para discutirmos nossas demandas, principalmente para a estratégia da campanha nesse ano difícil que começou com a crise política e econômica, mas não para os bancos, que continuam lucrando como sempre. Então não há motivos para que eles não atendam não apenas nossas reivindicações econômicas, como também questões como emprego, condições de trabalho e segurança. Diante dos números apresentados, temos condições de fazer uma campanha vitoriosa, com aumento real e maior participação nos lucros. E temos de mostrar para a sociedade que precisamos mais contratações para oferecer um serviço de melhor qualidade. Estou otimista. O movimento sindical precisa fazer a mobilização para sairmos vencedores nessa campanha”.

 

Clodoaldo Barbosa, presidente do Sindicato de Mato Grosso:

“Os trabalhos fluíram de modo produtivo e tranquilo, com participação massiva dos delegados de todo o país. Em que pese o momento difícil que vivemos, saio da conferência confiante na unidade da categoria e na convicção de que não aceitaremos retrocessos. Dessa forma, conclamo a categoria a se engajar tanto nas assembleias quanto nas manifestações. Somente juntos conseguiremos avançar rumo a novas conquistas”.

 

Ronaldo Ferreira Ramos, presidente do Sindicato de Dourados:

“Teve um debate acirrado nos grupos, mas chegamos a um consenso sobre as propostas. Apesar do momento crítico que vivemos, espero que avancemos, porque sabemos que não há crise para os bancos e não tem sentido eles travarem as negociações com argumento econômico. Não aceitaremos reduzir direitos e vamos pressionar os banqueiros e avançar nas conquistas. E para isso é importante a unidade da categoria”.

 

Edmar Tonelly, presidente do Sindicato do Acre:

“Mesmo sendo um ano com várias dificuldades políticas e na economia nacional, para os bancos não há nenhuma crise. São os que mais lucram, aumentando seus resultados, principalmente com essa nova política econômica de aumento de juros. É hora de a categoria bancária se unir e mostrar sua força de mobilização e buscar mais uma vez aumento real de salário, melhoria da PLR, valorização do piso, combate ao assédio e defesa do emprego“.

 

Luiz Carlos Morais Delgado (Caio), presidente do Sindicato de Rondonópolis (MT):

“Gostei do debate na conferência, que foi muito bom porque contribuiu para que saiamos daqui mais unidos para enfrentar essa campanha nacional que não será fácil, devido à atual conjuntura política e econômica do país com um governo que é contra os trabalhadores. Daí a importância da unidade e a conferência serviu para isso”.

 

Edson Gomes, presidente do Sindicato do Amapá:

“A nossa expectativa para a Campanha Salarial deste ano é que será diferente de todas as outras, devido à conjuntura nacional, que está muito incerta. Mas precisamos discutir nossas demandas, principalmente para a estratégia da campanha nesse ano difícil que começou com a crise política e econômica em nosso país. Porém, mesmo diante da crise os bancos continuam tendo lucros astronômicos e não há motivos para que não atendam nossas reivindicações, como emprego, condições de trabalho e segurança. Diante disso, temos condições de fazer uma campanha vitoriosa, com aumento real e maior participação nos lucros, mostrando para a sociedade que precisamos de mais contratações para oferecer um serviço de melhor qualidade para a população”.

 

Fonte: Fetec-CUT/CN - Atualizada em 02/08/2016 às 12:07

 


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