A Federação dos Bancários do Centro-Norte realizou neste domingo 5 de julho a 13ª Conferência Regional dos Bancários e Bancárias da Fetec-CUT/CN, em preparação à Campanha Nacional 2020. Participaram no total 75 pessoas, entre delegados e delegadas de todas as bases sindicais, os presidentes dos sindicatos e representantes nas Comissões de Empresa dos bancos. Em razão da pandemia da Covid-19, foi a primeira conferência regional da Fetec-CUT/CN realizada de forma remota.
As propostas serão levadas à 22ª Conferência Nacional dos Bancários, que será realizada dias 17 e 18 de julho, também de forma virtual.
Como alguns dos encontros estaduais e regionais terminaram no sábado à noite e não houve tempo hábil para a sistematização das propostas aprovadas, isso será feito nesta segunda-feira 6 pela Executiva da Fetec-CUT/CN, pelos presidentes dos sindicatos e pelos coordenadores das COEs (Comissões de Empresa) dos bancos. Também concluirão a lista de delegados e delegadas à Conferência Nacional e congressos de banco aprovada nas bases sindicais.
Os principais temas discutidos na 13ª Conferência Regional da Fetec-CUT/CN foram a necessidade de manutenção da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e dos direitos dos bancários, a conquista de novos avanços na campanha deste ano, a preservação do emprego e da saúde dos bancários durante a pandemia, o teletrabalho, melhores condições de trabalho e defesa dos bancos públicos, da democracia e da soberania nacional.
A 13ª Conferência começou às 11h30 e terminou às 14h40. A abertura foi feita pelo presidente da Federação, Cleiton dos Santos, que saudou todos os presentes e fez menção especial a Juvandia Moreira, que participou do encontro da Fetec mesmo sob tratamento de saúde por ter contraído o coronavírus.
Participaram 75 delegados e delegadas de todas as bases, além dos presidentes dos sindicatos
Campanha SOS Xavante
Cleiton também fez um informe aos delegados e delegadas sobre a campanha SOS Xavante, que a Fetec-CUT/CN está realizando junto com o Sindicato de Brasília, com Federação dos Povos Indígenas do Mato Grosso (Fepoimt), com o Condisi Xavante (Conselho Distrital de Saúde Indígena Xavante), com os Expedicionários da Saúde, Operação Amazônia Nativa (Opan) The Nature Conservancy Brasil. Foram apresentados vários vídeos da campanha com personalidades pedindo doações para salvar os Xavante de um genocídio.
Kleytton Morais, presidente do Sindicato de Brasília, deu informe sobre o Congresso Distrital dos Bancários do DF, realizada no sábado “em torno de três grandes eixos sem os quais não teremos êxito: direitos dos trabalhadores, da vida e do Estado. Precisamos fazer a defesa intransigente da vida, diante da pandemia e do descaso do governo e dos patrões. Preservar nossos direitos e denunciar os ataques que estamos sofrendo. E a dimensão do Estado, que envolve a democracia, a importância dos bancos públicos para o desenvolvimento do país e a soberania nacional”.
O presidente do Sindicato do Pará, Gilmar Santos, declarou que “a distância não nos limita”, realçando o slogan da 22ª Conferência Nacional dos Bancários, que será realizada de forma remota nos dias 17 e 18 de julho. “Pelo contrário, nos obriga a buscar novas formas de luta, de organização e de comunicação, principalmente pelas redes sociais”.
Adauto Andrade, presidente do Sintraf Roraima, afirmou que a Conferência Regional da Fetec on line “é um momento grandioso” de resposta da categoria à crise, no emprego de novas tecnologias, e que a pandemia da Covid-19 e o isolamento “podem ser um elemento favorável” para a mobilização e a organização na campanha nacional deste ano.
Também apresentaram os resultados das suas conferências e congressos, e participaram do debate, os presidentes dos sindicatos do Mato Grosso (Clodoaldo Barbosa), de Rondônia (José Pinheiro), de Campo Grande (Neide Rodrigues), de Dourados (Carlos Longo) e do Amapá (Samuel Bastos).
Também participaram da Conferência os representantes da Fetec-CUT/CN nas Comissões de Empresa de bancos
Os bancários se reinventando
Convidada especial, a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, criticou “a elite atrasada que organizou o golpe de 2016, que desembocou no governo de extrema-direita que ataca os direitos e as organizações dos trabalhadores. E cujo ministro da Economia tem o objetivo de privatizar tudo, inclusive a água”.
Juvandia ressaltou que os bancários e a classe trabalhadora vivem em razão disso uma conjuntura extremamente difícil. “Mas o debate está acontecendo, com a gente se reinventando. Temos mesmo que investir nas redes sociais e ter uma estratégia diferente. Temos 1.200 dirigentes sindicais liberados. Se cada um tiver uma rede, podemos atingir muita gente e fazer uma grande rede nacional de comunicação. E discutir com a sociedade vários temas que interessam a ela, como o papel do crédito e a importância dos bancos públicos para o desenvolvimento”.
Por fim, a presidenta da Contraf-CUT disse que o teletrabalho será tema muito importante na campanha deste ano e fez um apelo para que todos os sindicatos se esforcem para divulgar a pesquisa sobre o tema que ocorre em todo o país e ouvir os bancários. “Está mais intenso o trabalho, porque o home office é mais cansativo, não tem parada. O trabalho aumentou, mas ele não pode se dar à custa da nossa saúde”.
Fonte: Fetec-CUT/CN