Porto Velho RO - Os empregados da Caixa foram para a frente das agências existentes em Rondônia, na manhã desta quinta-feira (24) para retardar o atendimento em uma hora, como forma de protesto contra a reestruturação que a direção nacional do banco está tentando, de forma ditatorial, implantar e, assim, colocar em risco as carreiras dos bancários e comprometer, ainda mais, o já precário atendimento ao público.
Em Porto Velho, o Dia Nacional de Luta aconteceu no prédio Madeira-Mamoré, onde funciona a principal agência do banco em Rondônia e quase todos os departamentos. No interior aconteceu nos municípios de Candeias do Jamari, Ariquemes, Jaru e Cacoal, com o uso de faixas, carro de som e distribuição de carta aberta e panfletos.
Essa reestruturação, que é considerada pelos representantes dos trabalhadores como um ‘pacote de maldades’, começou no último dia 10, e foi anunciado pela própria presidenta do banco, Miriam Belchior, durante reunião com representantes dos trabalhadores, em Brasília (DF).
Entre as medidas deste “Pacote de Maldades” estão a realocação de pessoas, a incorporação e o corte de funções, além do Plano de Apoio à Aposentadoria (PAA) já em curso.
“O que os colegas precisam entender é que esta reestruturação vai atingir a todos, sem exceção, de todas as agências e departamentos. E, por isso, precisamos estar unidos para combater essa tentativa de sacrificar ainda mais os trabalhadores, colocando em risco suas carreiras e empregos com essas transferências, realocações e fechamentos de unidades. E a população precisa nos apoiar pois com esta luta, estamos também defendendo mais contratações de empregados para melhorar o atendimento de clientes e usuários”, disse Euryale Brasil, secretário geral do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia e funcionário da Caixa.
Para o presidente do Sindicato, José Pinheiro, só há um caminho para tornar a Caixa mais forte, que é justamente por meio da valorização dos empregados e da abertura de mais agências.
“Só assim haverá o fortalecimento da Caixa, e não por meio dessa reestruturação que está sendo empurrada goela abaixo dos trabalhadores, sem consultar estes trabalhadores ou seus representantes. Por isso estamos aqui, lutando contra esta política terrível que está sendo imposta por Mirian Belchior, atual presidente da Caixa e que está sendo considerada a pior gestora do banco em toda a história”, mencionou Pinheiro, que aproveitou para conclamar a participação de todos os empregados da Caixa nessa jornada. “O empregado que não saiu da agência para participar do ato de hoje porque acha que não foi atingido com essa reestruturação, deve estar ciente de que uma hora será afetado sim, e quando isso acontecer, quem irá lutar por ele, quando já for tarde demais? Portanto, conclamamos a união de todos neste momento, pois é uma luta que tem influência na vida de cada um dos empregados da Caixa”.