Cuiabá MT - O Itaú Unibanco, maior banco privado brasileiro, encerrou o primeiro trimestre com lucro líquido de R$ 5,73 bilhões. Um lucro maior que o registrado em 2014. É também o banco que mais demitiu. Desde 2011, já somaram mais de 16 mil bancários sem emprego em todo o Brasil.
Diante desse quadro, o Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (SEEB/MT), protestou em frente à Agência do Itaú Goiabeiras, localizado na Av. Getúlio Vargas.
O protesto faz parte da Mobilização Nacional que acontece hoje, terça-feira, dia 15 de setembro, em todo o Brasil. Os trabalhadores estão nas ruas, em defesa da democracia, dos empregos, dos salários e por saídas para crise que respeitem a classe trabalhadora.
Hoje, também, é dia de mesa de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a federação dos bancos (Fenaban). O tema desta quarta rodada de negociação é saúde e condições de trabalho. E, amanhã, quarta, o debate será sobre remuneração.
De acordo com o secretário de políticas sociais do Sindicato e representante dos bancários de Mato Grosso na Comissão dos Empregados do Itaú (Coe/Itaú/Fetec-CUT/CN), Natércio Brito, o banco Itaú precisa ter mais responsabilidade social, contratar mais funcionários e oferecer aos clientes um atendimento digno e de qualidade. “Hoje o lucro do Itaú é resultado do sacrifício dos bancários, sendo que devido ao exagero e abuso por cobrança de metas muitos bancários do banco Itaú estão doente”, afirmou o coordenador da COE/Itaú/Fetec-CUT/CN, ressaltando que o Sindicato não aceita essa situação e conclama a população para cobrar do banco mais respeito com os trabalhadores e com os clientes.
“Somente nas agências de Cuiabá e Várzea Grande são nove bancárias afastadas por problemas de saúde, destas, sete com depressão e stress!”, completa, Natércio Brito.
O diretor do Sindicato, Celso Coan, para exemplificar como os bancos estão lucrando disse que Bradesco comprou o HSBC com apenas um ano do seu lucro,. “E, somente com as tarifas e taxas pagam a folha de pagamento, explorando os clientes, usuários e os seus trabalhadores. Chega! Não aguentamos mais”, frisou.
Para o presidente da Central Única dos Trabalhadores de Mato Grosso (CUT/MT) e direção do SEEB/MT, João Luiz Dourado, os protestos são para dizer que os trabalhadores não aceitam pagar a conta da crise econômica, nem permitir ataques aos seus direitos. “Atividade de hoje, não é voltada somente para os funcionários, mas para alertar a população que não pode aceitar ser explorada pelo sistema financeiro. Não dá para suportar um sistema financeiro que só quer lucro e não tem responsabilidade com os seus trabalhadores, nem com os usuários e muito menos com o país”.
Fonte: SEEB/Mato Grosso - Da Redação