Paralisações, atrasos de turnos e atos nos locais de trabalho e nas praças públicas de grande circulação de todo o país. Assim será marcada a sexta-feira 10 de Agosto, o Dia do Basta da classe trabalhadora contra os desmandos do governo ilegítimo de Michel Temer, contra a reforma trabalhista, contra as privatizações, contra a Emenda Constitucional 95, que congela os investimentos públicos por 20 anos, contra os aumentos abusivos dos combustíveis, e em defesa do emprego, da aposentadoria e dos direitos trabalhistas.
Trata-se de uma grande frente de mobilização formada a partir da articulação entre a CUT e demais centrais sindicais, ganhando posteriormente a adesão de movimentos sociais como o Frente Brasil Popular e do Povo Sem Medo.
POR QUE A CLASSE TRABALHADORA VAI DIZER BASTA!
• A reforma trabalhista e a terceirização irrestrita aprovadas durante o governo golpista têm como objetivo retirar direitos históricos da classe trabalhadora e precarizar o trabalho, além de fragilizar os sindicatos e dificultar o acesso à Justiça do Trabalho.
• O fim da ultratividade das convenções e acordos coletivos de trabalho, a aprovação da norma que permite o negociado sobre o legislado, o fim das homologações nos sindicatos, tendem a intensificar ainda mais a retirada de direitos e a precarização do trabalho.
• O rendimento médio dos ocupados caiu 13% na Região Metropolitana de São Paulo, 14% na Região Metropolitana de Salvador e 18% na Região Metropolitana de Porto Alegre.
• O fim do imposto sindical e as dificuldades criadas para a aprovação de formas alternativas de financiamento sindical, como a taxa negocial, visam o enfraquecimento dos sindicatos.
• A taxa de desocupação praticamente dobrou desde o final de 2014. O país possuía 6,5 milhões de desocupados no final de 2014 e registrou, em maio de 2018, 13,2 milhões de desocupados (taxa de desocupação de 12,7%).
• Com demissões em massa e sem reposição das vagas, os problemas se acumulam nos bancos. Mesmo com lucro nas alturas, sob o governo Temer o Banco do Brasil já fechou 670 agências e eliminou 10 mil postos de trabalho. A Caixa encerrou 2017 com o desligamento de 4.794 trabalhadores. Além disso, a Caixa fechou 25 agências e 18 lotéricos. O Bradesco também fechou centenas de agências em 12 meses, passando de 5.122, em março de 2017, para 4.708. E, somente no primeiro trimestre deste ano, cortou 1.215 vagas.
• A taxa de subutilização da força de trabalho (que agrega os desocupados, os subocupados por insuficiência de horas – menos de 40 horas semanais - e os que estão no desalento) subiu para 24,7%, o que representa 27,7 milhões de pessoas.
• Essa é a maior taxa de subutilização na série histórica da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios).
• O tempo gasto pelo/a trabalhador/a para conseguir uma nova colocação dobrou: passou de 23 semanas em março de 2014 para 47 semanas em março de 2018.
• Seguindo a política de subordinação aos interesses das empresas multinacionais e de redução do papel do Estado na economia, o governo Temer mudou o regime de exploração do pré-sal, entregou áreas estratégicas de exploração às petrolíferas estrangeiras, concedeu-lhes benefícios bilionários, além de ter reorientado a política de gestão e de preços da Petrobrás, preparando sua privatização.
• Os resultados têm sido os aumentos abusivos dos derivados de petróleo e a entrega às empresas estrangeiras de recursos que deveriam estar sendo destinados à educação e à saúde públicas, que estão sendo desmontadas.
• Inúmeras empresas públicas municipais e estaduais têm sido privatizadas na surdina, e agora é a Eletrobrás que está na mira do golpismo. Os aumentos absurdos da conta de luz estão aí para mostrar quais continuarão sendo os resultados.
• Desde a implementação da nova política de preços da Petrobrás no governo Temer, os preços de seus principais produtos têm sido aumentados muito acima da inflação.
• A gasolina aumentou em mais de 31%, o etanol em 22,6%, o diesel 14,3%, o botijão de gás 17,2%.
• A partir julho de 2017, o preço da gasolina subiu 50,04% e do diesel 52.15% - 25 vezes a inflação, que foi em média de 2% nesse período.
• A energia elétrica subiu 18,8% em 12 meses terminados de julho/2017 a junho/2018.
Por isso os trabalhadores farão paralisações e vão às ruas na sexta-feira dia 10 defender seus direitos e dizer basta a esse governo ilegítimo e corrupto.
Fonte: CUT