Funcionários e clientes do Banco Mercantil do Brasil foram mais uma vez surpreendidos com a falta de compromisso e a truculência do banco, que demitiu dezenas de trabalhadoras e trabalhadores, pais e mães de família, nesta quarta-feira (21), em plena pandemia.
“Temos que expor para a sociedade a conduta desumana destas instituições financeiras, que seguem lucrando bilhões em meio à crise causada pelo novo coronavírus, mas que não se importam em demitir trabalhadores em um momento tão delicado pelo qual o país está passando”, disse coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Mercantil, Marco Aurélio Alves, ao lembrar que o lucro do banco atingiu o montante de R$ 74 milhões no primeiro semestre de 2020. “Tudo isso em cima do sofrimento e desalento das centenas de trabalhadores desligados pelo banco e o descontentamento de clientes e usuários, que sofrem com a precariedade no atendimento, sendo obrigados a enfrentar longas filas, que devem ficar ainda maiores por conta das recentes demissões”, completou.
Sindicatos de todo o país vem denunciando essa postura do Mercantil do Brasil, através de intervenções junto ao Ministério Público do Trabalho, que conquistou indenizações adicionais aos trabalhadores deligados, além da CCT, da mobilização nas redes sociais, intervenções urbanas em prédios e locais públicos, atos e paralisações nas agências e diálogo junto aos clientes com orientações contra as vendas casadas de produtos e direitos de melhor atendimento bancário.
As mobilizações são nacionais e visam denunciar as demissões também em outros bancos, como, por exemplo, o Santander, o Itaú e o Bradesco.
“Nossa intenção é questionar onde está a responsabilidade social do Mercantil do Brasil e dos demais bancos, que seguem demitindo em plena pandemia, mesmo tendo registrado lucros bilionários. O Mercantil e os demais bancos mostram que não têm compromisso com o bem estar das pessoas”, disse Marco Aurélio. “Conclamamos a todos participarem das mobilizações nas redes sociais com as hashtags #QuemLucraNãoDemite e #MercantilSemCompromisso. Além das outras hashtags específicas de cada um dos bancos”, concluiu o coordenador da COE do Mercantil.
Fonte: Contraf-CUT