Nesta quarta-feira (8), o fazendeiro Geraldo Daniel de Oliveira foi preso durante operação da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa (Segup). Ele é apontado como um dos maiores desmatadores da Amazônia, e atua na devastação da região da Apa do Xingu, sudeste do Pará. Dois funcionários da fazenda foram autuados por porte ilegal de armas.
Com mais de R$ 40 milhões em multas aplicadas pelo Ibama por conta de crimes ambientais, Geraldo é investigado por ter devastado cerca de ¨mil hectares de terra dentro da área de proteção ambiental de São Félix. De acordo com as investigações, Geraldo desmatada para transformar a floresta em área de pasto e vender as madeiras derrubadas.
Segundo denúncia do Ministério Público do Estado (MPPA) de 2019, Geraldo contratava pessoas para promover queimadas NA unidade de conservação e, também, motoqueiros para ameaçar agentes ambientais.
O ritmo de devastação era intenso. Uma imagem divulgada pela polícia à época, feita por satélite, em 7 de maio, mostra uma grande área verde. No entanto, nos três meses seguintes, segundo as investigações, o lugar se transformou em uma imensa mancha marrom. A área desmatada equivale a 6 mil campos de futebol na Amazônia.
Geraldo é irmão de José Brasil de Oliveira, preso em 2019, suspeito de envolvimento em derrubadas e incêndio de matas na área de Proteção Ambiental Trunfo do Xingu, conhecida como fazenda Ouro Verde, em São Félix do Xingu, sul do Pará.
O esquema criminoso, segundo as investigações, era negócio em família. Geraldo Daniel de Oliveira, e João Batista Rodrigues Jaime, genro de Geraldo, também tiveram mandados de prisão, mas ficaram foragidos. Em seguida, Geraldo conseguiu um habeas corpus.
Os suspeitos respondem pelos crimes de danos em área de proteção ambiental, poluição ambiental, queimadas e associação criminosa. A prisão foi efetuada por policiais civis do NAI (Núcleo de Apoio à Investigação) de Redenção.
Na época, a Polícia Civil do Pará informou que Geraldo Daniel de Oliveira era suspeito de ter contratado mais de 50 homens para derrubar 20 mil hectares na área de Proteção Ambiental Trunfo do Xingu, conhecida como fazenda Ouro Verde, em São Félix do Xingu. Ao todo, as investigações mostraram que o grupo já havia derrubado e tacado fogo em mais de 5 mil hectares de área desmatada.
Fonte: G1 PA