“Fazer sindicalismo na Amazônia é um ato diário de resistência, pois o capital está atuante nos conflitos agrários, no agronegócio, no latifúndio, no garimpo ilegal e até em conluios com governos para desviar, explodir o curso dos rios, da vida, ignorando que ali tem gente, história, territórios, ancestralidade e cultura." A declaração foi feita na tarde desta sexta-feira 4 na Cúpula da Amazônia, que está sendo realizada em Belém, pela diretora da Federação dos Bancários do Centro-Norte (Fetec-CUT/CN) Vera Paoloni, que também é secretária-geral da CUT PA e vice-presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará.
Os movimentos sociais falaram por blocos na Cúpula, após a exposição na plenária 1 que debateu "A participação e a proteção dos territórios, dos ativistas, da sociedade civil e dos povos da floresta e das águas no desenvolvimento sustentável da Amazônia. Erradicação do trabalho escravo no território".
Participaram do encontro o ministro dos Direitos Humanos do governo Lula, Sílvio Almeida, que enfatizou ser esse o momento de devolver direitos humanos à população brasileira e cuidar do meio ambiente. A coordenação da mesa foi da secretária executiva do Ministério das Mulheres, Carmen Foro, em conjunto com Eunice Guedes, da Articulação de Mulheres Brasileiras.
Vera Paoloni fez uma saudação especial à classe trabalhadora que constrói a riqueza do país e quase nada usufruiu dessa riqueza. “Tanto a classe trabalhadora organizada e que conquistou direitos graças aos sindicatos, guardiães dos direitos sociais e trabalhistas e também à classe trabalhadora sem nenhum direito e que sobrevive nas capinas, nos aplicativos. É a hora de devolver â classe trabalhadora no geral os direitos humanos, dos mais básicos aos mais amplos. E que parem de nos matar, nos interromper, nos confiscar. Basta”, denunciou a diretora da Fetec-CUT/CN.
Fonte: Fetec-CUT/CN