Na última segunda-feira (03), o Sindicato dos Trabalhadores do Ramo Financeiro do Estado do Amapá (Sintraf-AP) reuniu-se com representantes do Banco Itaú Unibanco e do Plano Central Nacional Unimed para buscar esclarecimentos e resolver as dificuldades apresentadas. Esta foi a 4ª reunião após inúmeras denúncias dos trabalhadores e trabalhadoras do banco sobre o plano de saúde. O encontro aconteceu na sede do sindicato, em Macapá, e os presentes também visitaram o Hospital São Camilo e São Luís para verificar as irregularidades relatadas.
Participaram da reunião, em nome do sindicato, a secretária-geral, Bruna Athayde; a diretora de mulheres, Samila Moraes; e as trabalhadoras do banco Itaú Unibanco, Dayane Machado, diretora de saúde, condições de trabalho, esporte e lazer, e Janaina Figueiredo, diretora de comunicação e imprensa. Como representantes das empresas, estavam o gerente de relação de trabalho do Itaú Unibanco, Carlos Sobrinho, e o gerente regional norte e nordeste da Central Unimed Nacional no relacionamento com prestadores, Carlos Simões. Eles vieram ao estado do Amapá para ouvir as reivindicações do sindicato, que fala em nome da classe trabalhadora do Itaú.
Dentre as reclamações listadas, destaca-se a dificuldade de acesso a consultas de especialidades, a falta de cobertura do plano em locais que deveriam ser de abrangência do benefício, e a burocratização da solicitação de reembolso, com prejuízos financeiros aos trabalhadores. As principais denúncias foram sobre a recusa de atendimento no Hospital São Camilo e São Luís, principal ponto de procura para os serviços de saúde na capital.
O Hospital Vila Amazonas, localizado em Santana, também foi um ponto de alerta. O local está com os atendimentos pelo plano suspensos por tempo indeterminado, devido à falta de repasse financeiro da empresa. A indisponibilidade de atendimento na unidade hospitalar deixa o segundo maior município do estado do Amapá sem cobertura e sem atendimentos in loco para os trabalhadores e trabalhadoras de Santana.
A diretora do sindicato, Janaina Figueiredo, acompanhou de perto o desenvolvimento das denúncias e articulou o contato com as empresas para reivindicar melhorias, e conta: "Mais uma vez nos reunimos com o banco e o plano de saúde para buscar uma solução. Desta vez, a reunião foi aqui no estado e os representantes do banco puderam visualizar o que passamos pessoalmente, assim como os representantes do plano de saúde. Espero que desta vez possamos avançar quanto a esse problema que se arrasta desde 2022. Vamos aguardar e acompanhar de perto o prazo que o plano nos pediu para resolver essas denúncias.”
“Eu acredito que, no meio de toda a discussão, estão os beneficiários do plano, que são a nossa prioridade. Então, a preocupação com o atendimento que está sendo ofertado ao beneficiário é o que nos motiva a dialogar com o sindicato. A ideia é criar uma rede de atendimento alinhada com a demanda dos clientes”, reforça Simões.
Para garantir a veracidade das denúncias feitas, o sindicato realizou uma pesquisa direcionada aos trabalhadores e trabalhadoras do banco, com 98% de resposta da base. Quando questionados se em algum momento sentiram dificuldades em receber atendimento pelo plano, 100% dos respondentes confirmaram a dificuldade no acesso ao serviço.
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O gerente de Relação de Trabalho do Itaú Unibanco, Carlos Sobrinho, reforçou o compromisso de buscar a resolução das denúncias com rapidez e se comprometeu a acompanhar o andamento da regularização do plano no estado.
“A Unimed presta serviço para o Itaú em diversos locais pelo Brasil. Precisávamos esclarecer alguns pontos para solucionar os problemas locais. A próxima reunião terá o papel de atualizar o sindicato e os trabalhadores sobre o andamento da resolução das denúncias apresentadas”, ressalta Carlos Sobrinho.
Para garantir a maior lisura do processo, os representantes do sindicato e das empresas realizaram uma visita à unidade hospitalar São Camilo e São Luís, onde foram recepcionados pelo diretor administrativo, Alcedir Rigelli, e pela gerente administrativa, Magai Nissola. Foram apresentadas as queixas, e a unidade hospitalar relatou os atendimentos disponíveis no dispositivo de saúde. No entanto, devido a limitações como a sobrecarga de pacientes e a falta de profissionais capacitados, os atendimentos ofertados aos beneficiários do plano de saúde são afetados negativamente.
Após o momento de escuta e discussão acerca das denúncias, foi deliberada uma nova reunião no prazo de 60 dias. O encontro, com previsão para agosto, tem o intuito de apresentar ao sindicato a resolução dos inúmeros problemas apresentados pelas empresas. O representante do plano de saúde também se comprometeu a buscar novos pontos de atendimento para ampliar os serviços de saúde e a melhorar o aplicativo “Central Nacional Unimed”, pelo qual os trabalhadores podem acompanhar os atendimentos e especialidades ofertados pelo plano.
“A reunião de hoje reforça o compromisso do sindicato com a categoria. Por isso, é fundamental que bancárias e bancários sempre deem um feedback para os sindicatos, relatando as suas experiências para que nós, enquanto interlocutores, possamos tratar e buscar soluções eficazes de forma coletiva. Para que todo trabalhador tenha seu direito garantido, assistido, e possamos trazer melhorias”, pontua a secretária-geral do Sintraf-AP, Bruna Athayde.
Redação Sintraf/AP
Texto: Giovane Brito
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