Para o Itaú e demais bancos privados, o que parece mesmo importar antes e durante essa pandemia é o cumprimento de metas, e quem não atinge dentro do prazo estipulado é dispensado do dia pra noite.
“O banco ignora toda uma história de vida da pessoa como bancário e demite em meio a uma pandemia onde tudo está sendo mais difícil com tantas demissões e restrições da população em busca de conseguir garantir o básico de todo dia, lembrando que os bancos se comprometeram em não demitir diante dessa crise na saúde e economia”, destaca o diretor do Sindicato e bancário do Itaú, Sandro Mattos.
Na manhã desta quinta-feira (18), ele, acompanhado da presidenta do Sindicato, Tatiana Oliveira, além da vice-presidenta e dirigente da CUT Pará, Vera Paoloni e dos dirigentes sindicais Paulo César Farias e Sérgio Trindade (Fetec-CUT/CN), estiveram na agência Senador Lemos, onde teve a mais recente demissão sem justa causa, na última segunda-feira (16), de uma bancária com 13 anos de profissão.
A receita que o banco obtém com prestação de serviços e tarifas bancárias totalizou R$ 29,1 bilhões nos primeiros nove meses de 2020. As despesas de pessoal, por sua vez, somaram R$ 17,9 bilhões.
Isso quer dizer que, a apenas com o que arrecada com estas fontes secundárias, que representam um valor irrisório frente ao arrecadado com outras transações, o banco conseguiu cobrir todas as despesas que teve com seus funcionários no período e ainda sobraram 63% do valor arrecadado.
Mesmo assim, o Itaú segue demitindo. Ao final do 3º trimestre deste ano, a holding contava com 84.272 empregados no país, 71 postos a menos do que no trimestre encerrado em junho.
Segundo levantamento do Sindicato, nesse segundo semestre do ano, pelo menos 4 demissões no Itaú, chegaram ao conhecimento da entidade, mas os números podem ser ainda maiores.
“Com a aprovação da ‘reforma’ trabalhista, caiu a obrigatoriedade das homologações passarem pelo Sindicato, por isso não temos um número oficial de demissões, mas queremos ressaltar que a não obrigatoriedade não impede de o bancário ou bancária procurar a entidade, em busca de um acompanhamento qualificado para verificar se todos os trâmites da demissão estão sendo feitos de forma correta, e principalmente, se o colega tiver interesse e desejo pela reintegração”, explica Tatiana Oliveira.
Em caso de dúvidas, procure o Sindicato pelos telefones (91) 3344-7758 ou (91) 98426-1399 (whatsapp) e ainda pelo Fale Conosco direto no site bancariospa.org.br
Fonte: Bancários PA com Contraf-CUT