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3 de Janeiro de 2025 às 11:19

Fetec-CUT/CN orienta sindicatos a convocarem atos de protestos contra Itaú nesta segunda 6

Federação reafirma posição contrária à assinatura do Acordo Coletivo e exige mudanças nas cláusulas sobre banco de horas e ponto eletrônico


A Federação dos Empregados em Empresas de Crédito do Centro-Norte (Fetec-CUT-CN) orienta os sindicatos filiados a realizarem nesta segunda-feira 6 de janeiro atos de protesto e manifestações contra a precarização do trabalho no Itaú e contra as demissões e fechamentos de agências, e também para exigir mudanças nas cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) do Itaú que tratam do banco de horas e do ponto eletrônico.

A Fetec-CUT/CN também reafirma a orientação às entidades sindicais, definida na reunião dos dirigentes sindicais do Itaú realizada em 19 de dezembro, de não aceitar a proposta sem as devidas alterações no banco de horas e no ponto eletrônico. Em vez das assembleias para votar o acordo, os trabalhadores devem fazer atos e manifestações na segunda-feira dia 6.

A Federação Centro-Norte vai procurar o setor de relações sindicais do banco Itaú para tratar desses assuntos.

Por que o acordo deve ser rejeitado

Na avaliação dos dirigentes do Coletivo do Itaú da Fetec, apesar de alguns avanços contidos na proposta do Itaú, como o aumento na ajuda de custo do teletrabalho, a inclusão da 12ª parcela anual e do Ensino a Distância (EaD) no auxílio-educação, o fato de esses itens estarem atrelados ao banco de horas e ao ponto eletrônico, e que podem ser prejudiciais aos bancários e bancárias, torna o ACT inviável para a assinatura do acordo.

“As propostas referentes às horas extras, que não deixam clara a impossibilidade de compensação aos sábados, domingos e feriados, e à validação do ponto eletrônico pelos sindicatos, são os principais entraves para a assinatura do acordo”, critica Rodrigo Britto, presidente da Federação Centro-Norte.

“O banco Itaú está implementando demissões na categoria bancária, o que traz prejuízos ao atendimento à população de maneira geral, bem como cobrando metas abusivas e fechando agências. E ainda quer impor um acordo coletivo específico que mistura várias questões. E qual o problema desse acordo? Traz para os bancários uma quitação das horas extras trabalhadas e quer que os sindicatos também assinem aceitando que as horas trabalhadas foram quitadas. Isso é um risco muito grande, porque os bancários e os sindicatos não têm esse controle diário para saber se está correto ou incorreto. Isso traz grandes dificuldades para provar que os bancários efetivamente fizeram as horas extras, uma vez que admitiram a quitação. Isso também trará problemas sérios para os sindicatos”, afirma Sandro Mattos, representante da Fetec-CUT/CN na Comissão de Empresa (COE) Itaú.

“E o que o acordo traz de positivo é apenas um auxílio-educação que só vai atingir 5 mil bancários e bancárias de um universo de 89 mil trabalhadores. Então, o acordo coloca em risco direitos dos trabalhadores e por isso a Federação Centro-Norte, em reunião no dia 19 de dezembro com todos os nossos sindicatos, assumiu posição contrária à assinatura do acordo e está orientando as entidades sindicais e os bancários a rejeitarem a proposta nesse formato que foi proposto pelo Itaú”, acrescenta Sandro.


Fonte: Fetec-CUT/CN


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