A Federação dos Bancários do Centro-Norte (Fetec-CUT/CN) reuniu-se nesta sexta-feira 15 de março com representantes da direção do Itaú, em São Paulo, para cobrar que a empresa tome providências junto ao Unimed no Amapá, o atual plano de saúde contratado pelo banco, que se encontra numa situação de apagão de atendimento aos funcionários. Participaram da reunião o presidente da Fetec-CUT/CN, Cleiton dos Santos Silva, o presidente do Sintraf Amapá, Samuel Bastos, e o representante da Federação na Comissão de Organização dos Empregados (COE) do  Itaú, Natércio.

Os representantes dos trabalhadores cobraram providências urgentes do banco, uma vez a reivindicação já havia sido apresentada na Mesa Específica de Saúde pela COE Itaú há mais de três meses à Relações Sindicais e à Fundação Itaú, responsável pela assistência dos funcionários, e nenhuma providência efetiva foi tomada junto à Unimed Amapá.

“Na reunião apresentamos a alternativa de, em não havendo condições da Unimed atender aos funcionários do Itaú no nosso Estado, que o banco possa oferecer alternativas de outros planos e que os próprios funcionários tenham o poder de escolher entre as opções que melhor atendem”, informa Samuel Bastos, presidente do Sintraf-AP.

Apesar da informação do representante da Função Itaú de que o atendimento ambulatorial e clínico já estão reestabelecido no Hospital São Camilo, na capital Macapá, Samuel Bastos contestou e garantiu que o hospital tem se negado a atender aos bancários e bancárias.

“Diante da situação caótica em que se encontra a assistência do banco Itaú, os representantes do banco demonstraram sensibilidade para o problema e assumiram o compromisso de resolver junto à Unimed o reestabelecimento do serviço”, acrescenta Natércio.

A reunião da Fetec e seus sindicatos com os representantes da direção do Itaú foi realizada após o encontro do Grupo de Trabalho (GT) de Saúde do Itaú, nesta sexta-feira 15 em São Paulo, em que voltou a cobrar da direção do banco o prosseguimento das negociações das cláusulas 61 e 87 da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Leia mais aqui. 

Desfiliação compulsória

Além do plano de saúde, os representantes da Fetec-CUT/CN reivindicaram da direção do Itaú que tome providências com relação às questões de desfiliações compulsórias e unilaterais por parte do banco aos funcionários lotados em plataformas fora da base do Amapá – problema que provavelmente está acontecendo em outras bases do país.

“É importante vir à sede do Banco Itaú carregando a dor, a angústia e o sofrimento daqueles colegas que estão na Amazônia contribuindo para resultado bilionário do Itaú e mostrar aos representantes da instituição que a realidade daqueles e daquelas trabalhadas é infinitamente diferente à vivida por seus colegas do grande centro, mas que precisa da mesma atenção”, diz Cleiton dos Santos, presidente da Fetec-CUT/CN.

Samuel, Cleiton e Natércio na sede do Itaú, em São Paulo

Fonte: Fetec-CUT/CN