A Federação dos Bancários do Centro-Norte (Fetec-CUT/CN) realizou nesta quarta-feira 3 encontro regional dos funcionários do Itaú para discutir a pauta e eleger seus representantes ao Encontro Nacional desta quinta-feira 5, convocada pelo Comando Nacional dos Bancários com o tema “O Futuro só Será Possível com Emprego, Saúde e Melhores Condições de Trabalho”.
Os bancários da base da Fetec-CUT/CN elegeram 8 delegados para o encontro nacional, que assim como a reunião regional será realizado de forma virtual pela plataforma Zoom. Os temas debatidos são emprego, renumeração, saúde, condições de trabalho e previdência complementar.
“O novo programa do banco, o Gera, muda drasticamente a rotina de trabalho, intensificando as cobranças de metas e com isso aumentando também as doenças ocupacionais e conflitos internos, onde quem ganha é somente o banco”, afirma Washington Henrique, coordenador da Comissão de Empresa (COE) do Itaú na base da Federação e diretor do Sindicato de Brasília.
Devido ao novo programa, a mudança estrutural onde o GO passa a ser GGC, há acúmulos de atribuições, o que se torna necessário aprofundar as discussões em torno da renumeração desses e de outros cargos em questão.
A Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) de dois anos de validade abre espaço para o Itaú demitir bancários, o que exige cobrar com mais rigor do banco o cumprimento do que foi acordado e não demitir no período da pandemia. É necessário chamar o Itaú para uma discussão exclusiva sobre demissões, envolvendo a Contraf-CUT, a Fetec-CUT-CN e todos os seus sindicatos filiados, além de intensificar as manifestações virtuais e presenciais.
Em relação ao teletrabalho, a proposta que os bancários das regiões Norte e Centro-Oeste levarão ao encontro nacional é desvincular do acordo a obrigatoriedade na quitação de horas extras, entre outras.
Sobre a renumeração, o encontro regional do Itaú reivindica a retomada da discussão sobre o PCS, de forma a recompor o poder de compra dos salários, principalmente em relação ao auxílio-alimentação e a cesta-alimentação, por causa da alta da inflação dos alimentos.
Outra questão. Bancários afastados por questões de saúde, não aptos a retornar ao trabalho, estão sendo forçados e considerados aptos pelo médico do banco, mesmo inaptos pelo INSS, o que faz com que o bancário tenha seu salário e ticket-alimentação cortados pelo banco. A CCT diz que enquanto o bancário não recebe do INSS não deve repassar o adiantamento do salário que teve ao banco. Essa conquista está sendo ameaçada. É preciso tratar os afastados por doenças ocupacionais e/ou outras, dentro da CCT e CLT, obedecendo critérios humanos e respeitosos.
Em relação às portas giratórias, os bancários querem que o Itaú avance na discussão da segurança e não retroceda, abrindo novas agências sem porta de segurança.
Por fim, os bancários do Itaú do Centro-Norte querem estender o plano de aposentadoria complementar a todos os bancários contratados pós 2002.