O Sindicato dos Bancários do Pará, através do seu Coletivo de Mulheres, convoca todas as mulheres paraenses, em especial as trabalhadoras do ramo financeiro, para as agendas de lutas que ocorrerão no estado em alusão ao 8 de março.
Na terça-feira 8 haverá manifestações de rua em Belém e Santarém, a partir das 17 horas. Na capital a concentração será na Praça da República e em Santarém, na Praça da Matriz.
Em Marabá, a agenda será na quinta-feira 10, com uma audiência pública sobre violência obstétrica na Câmara Municipal, a partir das 9h.
“Nesse 8 de março o movimento sindical bancário vai às ruas para lutar pela vida das mulheres e da Amazônia; por um Brasil sem machismo, sem LGBTFobia, sem racismo e sem fome; assim como pelo Fora Bolsonaro. Convocamos todas as mulheres trabalhadoras, principalmente as do ramo financeiro, para participarem das mobilizações desse 8 de março histórico e de muita luta no Pará”, destaca a presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará, Tatiana Oliveira.
O fim da violência contra a mulher será a bandeira principal das manifestações programadas para o 8 de março – Dia Internacional da Mulher – deste ano. Pauta prioritária dos movimentos feministas, que envolve tanto a questão de gênero como a de violência doméstica, foi escolhida para evento, que volta a ser realizado presencialmente nas ruas de várias cidades, depois de dois anos de pandemia.
Pesquisa de opinião realizada pelo Instituto DataSenado, em parceria com Observatório da Violência Contra a Mulher, no final de 2021, mostrou que 86% das mulheres brasileiras perceberam um aumento da violência contra elas. O número de casos é 4% maior que em 2020. Ainda de acordo com a pesquisa, que ouviu três mil pessoas, entre 14 de outubro e 5 de novembro, cerca de 68% das pessoas entrevistadas conhecem alguma vítima e 27% declararam já ter sofrido este tipo de violência.
Elaine Cutis, secretária da Mulher da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), afirma que a pesquisa é uma entre as muitas realizadas desde o início da pandemia, que comprovam o aumento da violência como efeito do isolamento social e da crise sanitária. “É histórico, sempre a mulher é a primeira e a que mais sofre. Seja em crises econômicas, sociais ou sanitárias, as mulheres são vítimas de violência de gênero e de violência doméstica”.
Fonte: Bancários PA, com informações da Contraf-CUT