Para a secretária da mulher do Seeb/MT, Nice Souza o dia 8 de março – Dia Internacional Das Mulheres, marca uma luta antiga das mulheres. “Quantas já morreram, queimadas, torturadas, assassinadas, violentadas? Mas, tudo isso não impediu e jamais impedirá a continuidade da luta por igualdade de gênero nos espaços de poder e de trabalho. Pois nós mulheres, sempre encaramos os desafios da vida e não desistimos da luta! Seguimos "Juntas contra a violência, pela vida e por direitos", conclama a secretária da Mulher do Seeb/MT.
“Nossa luta é permanente. Começamos 2021 com uma crise econômica e sanitária que prejudicam as mulheres de forma mais grave. Desde o início da pandemia, aumentaram os registros de violência doméstica e o desemprego” acrescenta.
Hoje, as mulheres CUT, de movimentos sociais, sindical e feministas vão celebra o Dia Internacional da Mulher com atos, diálogos e denúncias sobre a situação das mulheres em todo o país, com o mote “Pela Vida das Mulheres, Resistiremos: contra a fome, a miséria e a violência! vacina para todas e todos, já e Fora Bolsonaro”.
Situação das mulheres
Nove em cada dez mães de favelas tiveram dificuldades para comprar comida para a família por causa da perda de renda, fim do auxílio emergencial e dificuldades para se recolocar no mercado de trabalho – a taxa geral do desemprego das mulheres é 39,4% superior a dos homens.
A pandemia do novo coronavírus, que já matou mais de 257 mil pessoas no Brasil, agravou a situação que já era ruim e aumentou a desigualdade entre homens e mulheres na vida e no trabalho e ainda aumentou a violência doméstica - a cada dois minutos uma mulher á agredida no país.
Em meio a esta tragédia, o descaso de Bolsonaro com a saúde dos brasileiros e a economia do país, torna a situação das mulheres ainda mais difícil. Elas não podem contar com políticas públicas em nenhuma área e têm de se virar como conseguem.
A proposta do material é que seja publicado diariamente nas redes sociais da CUT para contar um pouco das angústias e lutas das mulheres. E que possa impactar a sociedade.
“A desigualdade entre homens e mulheres ficou ainda maior na pandemia, as mulheres foram as que mais perderam empregos. As mulheres negras chegam a ganhar até 159% a menos que homens da mesma profissão e são as mulheres que são as mais responsáveis pelos cuidados. Todo dia gente vai contar um pouquinho desta realidade nas redes sociais e a gente espera que homens e mulheres divulguem tudo para que a gente possa denunciar este governo assassino, fascista e irresponsável”, finalizou.
Sobre o Dia Internacional da Mulher
A data faz referência ao dia 8 de março de 1857, quando operárias de uma fábrica de tecidos, em Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, redução na carga diária de trabalho, equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.
A manifestação foi reprimida com violência e as mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Morreram, aproximadamente, 130 tecelãs carbonizadas.
Somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o “Dia Internacional da Mulher”, em homenagem às mulheres que morreram na fábrica, e em 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Com informações da CUT