Na tarde desta sexta-feira (19), o Coletivo Nacional dos Financiários da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) realizou mais uma rodada de negociações com a Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi). A pauta do encontro incluiu temas cruciais como Saúde, Segurança dos trabalhadores, metas e violência organizacional, incluindo a violência contra a mulher, assédio moral e sexual. Outro tema debatido foi as medidas para o combate e prevenção de doenças e suas sequelas, especialmente o coronavírus, causador da covid 19.
As metas de desempenho têm sido um ponto central nas discussões, pois pesquisas realizadas na categoria apontam que elas são o maior fator de desencadeamento de condutas violentas e de assédio moral no ambiente de trabalho. Em resposta a essas preocupações, o movimento sindical tem reivindicado a discussão contínua sobre as metas e a implementação de reuniões mensais para acompanhar o tema.
Jair Alves, coordenador do coletivo, destacou a importância da transparência no aparato de segurança das financeiras em relação aos dados dos locais de trabalho. “Nós queremos entender os métodos utilizados para garantir a saúde do trabalhador no dia a dia dele, em visitas aos clientes e até no próprio local de trabalho,” afirmou Alves, enfatizando a necessidade de um ambiente de trabalho seguro e saudável.
Outro ponto crucial debatido foi a violência contra as mulheres. Magaly Fagundes, secretária de Organização do Ramo Financeiro e Política Sindical da Contraf-CUT, ressaltou a necessidade de criar um canal de apoio dedicado a tratar de questões relacionadas à violência contra a mulher. “Esse canal terá a função de acolher a financiária vítima de violência doméstica e familiar, proporcionando o suporte necessário para que ela possa enfrentar e superar essas situações,” explicou Fagundes.
A rodada de negociações reforçou o compromisso das entidades em buscar soluções que promovam um ambiente de trabalho mais seguro e saudável para todos os trabalhadores do setor financeiro. As discussões continuarão em reuniões futuras, com a expectativa de avanços significativos em cada uma das pautas apresentadas.
Fonte: Contraf-CUT