É preciso conhecer a realidade para criar instrumentos de preservação da saúde e combater causas do sofrimento, diz Ana Magnólia
“É fundamental que os trabalhadores do ramo financeiro participem, aproveitem esse espaço, é um espaço pra falar o que vocês pensam, o que vocês sentem, como vocês estão avaliando esses modelos de gestão que estão sendo praticados pelas instituições financeiras, que vêm segundo nossos estudos destruindo muitas vidas.”
Com essa declaração, que você pode conferir no vídeo no final do texto, a psicóloga do trabalho Ana Magnólia Mendes, coordenadora do Instituto de Pesquisa sobre o Trabalho (Ibrat) da Universidade de Brasília (UnB), faz um apelo para a categoria participar da pesquisa que a Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro-Norte (Fetec-CUT/CN) está fazendo em toda a região junto com os sindicatos filiados.
Ana Magnólia está coordenando a pesquisa “Práticas de Gestão, Violência e Adoecimento pelo Trabalho em Instituições Financeiras”, que vai até o dia 31 de maio e tem o apoio da Fenae. “O que é muito importante nessa pesquisa é que ela vai fazer um mapeamento específico da região Centro-Norte, que tem suas particularidades em relação ao restante do Brasil”, explica Ana Magnólia, que é pesquisadora do Departamento de Psicologia Social e do Trabalho da UnB e autora de vários livros, entre eles “Trabalho e Sofrimento: Práticas Clínicas e Políticas” e “Clínica Psicodinâmica do Trabalho: O Sujeito em Ação”.
“É fundamental que esses dados sejam coletados, para que a gente possa criar instrumentos de luta nas próximas mesas de negociação, a fim de que a gente possa melhorar as condições de saúde e as condições de trabalho de todos que estão nas instituições financeiras sendo submetidos a esses modelos de gestão perversos, e com muitos trabalhadores aceitando e se submetendo a isso”, acrescenta a psicóloga. Confira aqui o vídeo de Ana Magnólia.
Para Ana Magnólia, é preciso “politizar esse sofrimento, dar um ‘não’ à submissão, à subserviência, à servidão voluntária e criar espaços de resistência e de luta. Um deles é através do conhecimento, é através da pesquisa. E é isso que a Fetec está fazendo. São só 20 minutos e vocês estão participando e contribuindo com essa luta”.
Para responder à pesquisa, que é sigilosa, basta clicar em https://pesquisa.ibract.com.br/fetec-cn) ou entrar pelo QR Code abaixo.
Além da pesquisa, a Fetec-CUT/CN também implementou a Clínica do Trabalho, para ouvir de forma presencial ou virtual, os trabalhadores que já adoeceram ou estão sofrendo com a violência organizacional nas instituições financeiras. pela qual dois
Fonte: Fetec-CUT/CN