A Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro Norte – FETEC-CUT/CN, foi fundada em 19 de janeiro de 1990 e ratificada por um congresso interestadual da categoria, em março de 1991, em Cuiabá-MT. Ela representa todos os bancários dos Estados de Mato Grosso, Rondônia, Acre, Roraima, Distrito Federal, Pará, Amapá, da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno - RIDE e das cidades de Rondonópolis(MT) e Região Sul, de Dourados(MS) e Região, Barra do Garças(MT) e Região e de Campo Grande (MS) e Região.
Os bancários de Brasília-DF aprovaram a filiação de seu sindicato em assembléia realizada em 24 de março de 1.993 e os de Campo Grande-MS e Região no dia 17 de Novembro de 2011.
Até a criação da FETEC-CUT/CN, os bancários desses Estados eram representados pela Federação do Estado de São Paulo, com sede em São Paulo(SP), e pela Federação dos Bancários do Norte-Nordeste, com sede em Fortaleza (CE). A enorme distância geográfica da sede, o desconhecimento das necessidades dos Bancários da região CENTRO-NORTE aliado a ausência de representatividade nas estruturas de deliberação dessas respectivas federações, provocaram um distanciamento político-sindical entre os sindicatos e uma insatisfação quanto ao encaminhamento das Campanhas Salariais, dentre outras questões. Estas, por sua vez, se lembravam dos bancários apenas por ocasião de repasse de recursos.
A FETEC-CUT/CN nasceu, em oposição a essa situação. Nasceu dizendo NÃO à exploração dos Bancários. E com a legitimidade conferida pela combatividade de seus idealizadores, veio para respaldar a ação dos sindicatos, dando-lhes a atenção e orientação devida, buscando fazê-los entidades fortes, democráticas, mobilizadas e determinadas na luta pela organização e interesses econômicos, políticos e sociais da categoria.
Mas não apenas isso. A FETEC-CUT/CN, diferente das federações tradicionais, teve sua direção eleita em um congresso com ampla participação da base, aprovado sua filiação ao DIEESE e à CUT. Dessa forma, já nasceu compromissada com a implantação de um nova estrutura sindical no pais. Uma estrutura que favoreça o surgimento e a consolidação de entidades sindicais democrática, combativas, autônomas, pluralistas e de massa, voltadas para a construção da unidade da classe trabalhadora, na construção de uma sociedade justa e igualitária.
A FETEC/CUT-CN, a exemplo das demais federações CUTistas, pratica, diariamente, o ideal de que os trabalhadores autônomos e organizados, pelos responsáveis por sua própria sustentação financeira. Por isso, é mantida com recursos oriundos restritamente dos bancários.
A estrutura sindical oficial vigente foi implantada no país há mais de quarenta anos. Tem concepção cooperativista e claramente inspirada no projeto fascista para a sociedade. Trata-se de uma estrutura retrógrada, antidemocrática e baseada no princípio do colaboracionismo. A sua completa ineficácia permite a existência de entidades sindicais inoperantes ditas “pelegas”, cujas ações estão voltadas apenas para a prática do assistencialismo, como se os trabalhadores devessem trocar salários dignos e condições de trabalho por migalhas assistências.
A sustentação financeira dessa estrutura, que sempre se caracterizou pela falta de liberdade, é feita através da cobrança do Imposto Sindical e do pagamento de taxas, as mais variadas, a que os trabalhadores estão obrigados a recolher, e impossibilitados de questionar, seja a sua cobrança seja aplicação dos recursos deles oriundos. Organizada de cima para baixo, essa estrutura sempre teve nas confederações os mecanismos de apoio mais eficiente para bloquear a ação e a mobilização da classe trabalhadora na luta por seus direitos.
A resposta para tantos e tais obstáculos à livre organização dos trabalhadores veio de forma contundente com a criação da CUT- Central Única dos Trabalhadores que, paralela a estrutura oficial, começou a contrair uma nova estrutura sindical, em oposição ao sindicalismo corporativo e de conciliação, que tantos prejuízos políticos e financeiros tem trazidos aos trabalhadores.
A partir dessa concepção e proposta, nasceram também as confederações e federações cutistas, enquanto representante dos sindicatos filiados, cujo perfil é a mais perfeita tradução da luta pelo atendimento das reivindicações dos trabalhadores.
A atuação de uma federação cutista enquanto representante dos sindicatos filiados, pode ser resumida numa atuação de combatividade, de oposição sistemática ao peleguismo, contra a colaboração de classes e contra a troca de salário, condições de trabalho e dignidade por migalhas assistências.
Nessa mesma linha de atuação, a FETEC/CUT-CN que já era filiada a CUT, filiou-se também a Confederação Nacional dos Bancários da CUT - CNB/CUT (atualmente Contraf-CUT), em assembléia relizada em 28.11.92. Atualmente é parte integrante da estrutura vertical da CUT (Ramo dos Trabalhadores do Sistema Financeiro). A CUT é a maior central sindical da América Latina e está entre as maiores centrais sindicais do mundo. Na categoria bancária representa mais de 80% dos trabalhadores do sistema financeiro.
A FETEC/CUT-CN, a exemplo das demais federações CUTistas, pratica, diariamente, o ideal de que os trabalhadores autônomos e organizados, pelos responsáveis por sua própria sustentação financeira. Por isso, é mantida com recursos oriundos restritamente dos bancários.