Segundo a Rais, foram quase 7 mil trabalhadores a menos entre 2012 e 2013 nas instituições financeiras com carteira comercial
São Paulo – De 2003 a 2013, o Brasil criou 20,264 milhões de empregos formais. A média de vagas abertas nesse período é de 1,8 milhão por ano. Mas os bancos, as empresas que mais lucram no país, insistem em se manter na contramão da geração de vagas.
De acordo com a Relação Anual de Informações Sociais (Rais), pela primeira vez desde 2001 o saldo de empregos no setor caiu. Se considerarmos apenas os bancos múltiplos com carteira comercial (excluindo a Caixa Federal, que está contratando) a queda entre 2012 e 2013 é de 6.896. Mesmo com as contratações feitas pelo governo federal, a quantidade de bancários no Brasil ficou menor: o total em dezembro de 2013 era de 511.833, redução de 1.002 empregos desde dezembro de 2012.
“Considero uma vergonha um setor que lucra tanto no país, que tira tanto da sociedade com juros e tarifas abusivas, devolver tudo isso na forma de desemprego”, critica a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira. “Isso tem de mudar. Os bancos precisam ter mais responsabilidade social e com seus empregados. Toda a sociedade tem de cobrar isso.”
Brasil – Os dados da Rais foram divulgados na terça-feira 18 pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Foram 15,384 milhões de vagas abertas de 2003 a 2010 (governo Lula) e 4,880 milhões nos três primeiros anos da gestão Dilma. As médias anuais são relativamente próximas: 1,9 milhão com Lula e 1,6 milhão com a atual presidenta.
De 1995 a 2002, sob o governo de Fernando Henrique Cardoso, o país criou 5,017 milhões de empregos formais. A média foi de 627 mil por ano.
Fonte: Seeb/São Paulo Cláudia Motta, com informações da Rede Brasil Atual