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4 de Dezembro de 2013 às 08:47

"Sou inocente", reafirma Genoino em carta de renúncia entregue à Câmara



"Considerando que sou inocente (...) que entre a humilhação e a ilegalidade prefiro o risco da luta (...), que sempre lutei por ideais e jamais acumulei patrimônio ou riqueza (...) renuncio ao mandato parlamentar."

Assim, reafirmando a sua inocência em carta entregue nesta terça (3), por volta das 14h, à Câmara Federal, José Genoino renunciou ao mandato de deputado federal. Foram 25 anos de trabalho pelo povo brasileiro, que garantiram ao petista o reconhecimento como um dos parlamentares mais atuantes e respeitados na história do Congresso Nacional.

A carta de Genoino foi apresentada durante reunião da Mesa Diretora, um pouco antes da decisão final sobre a abertura ou não de processo de cassação de seu mandato. No documento, o agora ex-deputado José Genoino critica o espetáculo criado pela mídia em torno do caso que batizaram de "mensalão" - AP 470 - e pelo qual foi condenado a seis anos e 11 meses de prisão em regime semiaberto.

Clique aqui e leia a íntegra da carta de renúncia de José Genoino

Ao comunicar oficialmente sua renúncia, Genoino destacou que iniciará nova batalha para provar sua inocência. "Com história de mais de 45 anos de luta na defesa intransigente do povo brasileiro e da democracia, darei uma breve pausa nessa luta, que representa o início de uma nova batalha dentre tantas outras que já enfrentei", afirma na carta.

O ex-deputado está preso desde 15 de setembro e no momento cumpre prisão domiciliar devido a seu estado de saᄎde - entrou com o pedido de aposentadoria na Câmara em setembro. Na semana passada, passou mal e foi internado no Instituto de Cardiologia do Distrito Federal.

Apoio da CUT

O julgamento e a prisão de Genoino e dos companheiros José Dirceu e Delúbio Soares foram oficialmente rechaçadas e criticadas pela Executiva Nacional da CUT e por seu presidente, Vagner Freitas

"Tudo nesse caso é exceção. Tudo nessas prisões explicita o caráter político, de perseguição que marca, desde o início, o julgamento da AP 470. Por tudo isso, exigimos a anulação da sentença e a imediata revisão do processo. Está mais do que claro que não existe provas de crime", afirmou Vagner Freitas em texto sob o título: Joaquim Barbosa abusou: quer ver Genoino morto.

Em nota oficial, de 19 de novembro, a Executiva da CUT nacional exigiu "a imediata revisão criminal que anule a sentença da Ação Penal 470. Estaremos nas ruas, nos locais de trabalho, nas escolas, defendendo nossas conquistas, nossos direitos e os nossos companheiros".

Na semana passada, a CUT comandou passeata até o presídio da Papuda para que a militância pudesse manifestar sua solidariedade aos três companheiros. A CUT também anunciou que vai contratar Delúbio Soares - que já foi tesoureiro da Central - como assessor de formação.

Fonte: CUT Nacional com Agência Câmara


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