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3 de Dezembro de 2013 às 18:17

Presidente da CUT garante que direções terão paridade de gênero em 2015


Crédito: Roberto Parizotti - CUT
Roberto Parizotti  - CUT Coletivo de mulheres da CUT discute ações estratégias para ano que vem

O presidente da CUT, Vagner Freitas, participou nesta segunda-feira (2) de mais um encontro do Coletivo Nacional de Mulheres da Central, em São Paulo, e destacou a paridade na direção da Central em 2015.

"É uma deliberação do nosso último congresso. Tanto nas estaduais quanto na direção nacional teremos paridade entre homens e mulheres a partir de 2015", afirmou o dirigente, ressaltando que a CUT é a única central do Brasil a aprovar a igualdade entre homens e mulheres na direção da entidade.

Em análise sobre a conjuntura de 2013, Vagner classificou como um ano de muita luta (e conquistas). A começar pelo embate contra medidas como o Projeto de Lei (PL) 4330/2004, que amplia a terceirização. A mobilização da CUT fez com que a votação do texto fosse suspensa.

Ele citou ainda as campanhas salariais que, apesar da resistência dos empresários, determinados a impedir uma sequência de aumento real - acima da inflação -, arrancaram, em média, 1,5% de ganho para os trabalhadores.

Ainda sobre esse tema, Vagner destacou como um dos pontos negativos o embate do governo federal com os servidores públicos e a publicação do Decreto 7.777, que previa a substituição dos funcionários mobilizados. E citou a não regulamentação da Convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que trata do direito do funcionalismo à organização sindical. "Mas a CUT continua na trincheira por essa convenção", acrescentou.

Ele disse ainda que a Central entregará uma Plataforma da Classe Trabalhadora à presidenta Dilma Rousseff em 2015 e cobrará compromisso com a pauta do movimento sindical.

"A presidente precisa fazer andar a redução da jornada sem redução de salário, o fim do fator previdenciário, o direito à negociação e colocar em prática a reforma agrária, que não pode se restringir a direcionar recursos para assentamentos, mas precisa também dar terra aos trabalhadores que precisam e querem produzir."

Homenagens à guerreira Odete

Antes do início dos debates da tarde, os dirigentes sindicais prestaram uma homenagem à ex-presidenta da CUT-AP, Odete Gomes, que faleceu em outubro deste ano, após naufrágio da embarcação em que estava para participar da procissão do Círio Fluvial, em Macapá.

"Era uma grande guerreira e fazia um grande esforço para participar de todas as reuniões da direção nacional e dos encontros do coletivo", disse a secretária da Mulher Trabalhadora da CUT, Rosane Silva, para em seguida puxar o grito de "Odete presente", em lembrança à companheira.

"A homenagem principal que podemos fazer é dar continuidade ao trabalho e lembrar a sua alegria de viver. Odete ainda está viva entre nós", complementou Vagner.

No período da tarde, a assessora da Confederação Nacional do Ramo Químico (CNQ) da CUT, Marilane Teixeira, apresentou o projeto de formação das mulheres, que a Central fará em parceria com Universidade de Campinas (Unicamp).

O curso terá dois anos e o objetivo é capacitar as trabalhadoras sobre os temas de gênero e mundo do trabalho. Serão seis encontros nacionais, três em 2014 e mais três em 2015, acompanhados por oficinas nacionais. A ideia é que o processo envolva também mulheres de outras centrais e combine formação, pesquisa e a publicação de dois livros.

O encontro do Coletivo de Mulheres da CUT termina nesta terça (3) com um debate sobre prostituição e o posicionamento das trabalhadoras sobre o tema.

Fonte: Luiz Carvalho e Henri Chevalier - CUT


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