O Sindicato dos Bancários de Brasília tem sua história profundamente vinculada à luta dos trabalhadores e do povo por democracia plena no Brasil, com ampla liberdade de expressão e de manifestação e total garantia aos direitos constitucionais e sociais.
Criado em 1961, o Sindicato nasceu já com a incumbência de enfrentar, na capital federal, centro do poder, as restrições e perseguições impostas pela ditadura militar implantada no país a partir de 1964. Os bancários e bancárias do Distrito Federal são, portanto, desde sempre resistência ao arbítrio e ao obscurantismo.
Temos a democracia como bem maior a ser defendido com todas as nossas forças, em todas as circunstâncias e lugares, especialmente no nosso movimento e nas disputas políticas que envolvem toda a sociedade.
E, hoje, após recente ocupação do poder pela extrema direita, com disseminação de ódio e ideias fascistas, a democracia brasileira passa por momento dos mais críticos. Esteve à beira do precipício, prestes a se romper, mergulhar no abismo e se esfacelar.
A barbárie ocorrida com a invasão e destruição das casas dos três poderes – Congresso, STF e Palácio do Planalto – em 8 de janeiro de 2023, chocou o país pelas cenas de terror e pela iminência de um golpe de Estado.
O solavanco produziu profundas fissuras no tecido institucional da República, levando a democracia a estado de convalescência, a inspirar cuidados redobrados.
Os trabalhadores e suas organizações, os movimentos sociais e populares, as instituições da sociedade cível e os democratas de todas as matizes estão convocados a se unirem em amplo e coeso movimento, com a determinação de enfrentar novos ataques aos poderes da República, afastar investidas em golpes de Estado e expressar uníssono repúdio a atos terroristas e a ações de vândalos que coloquem em risco a vida e o patrimônio material e cultural do país.
O Sindicato dos Bancários de Brasília aponta como expressão mínima de real e efetivo compromisso com a democracia a defesa do Estado Democrático de Direito cuja garantia se assenta na legalidade e na normalidade constitucional.
Rupturas institucionais devem ter como mais sólido anteparo a organização dos trabalhadores.
Desrespeito à vontade popular expressa majoritariamente nas urnas e ataques terroristas aos poderes da República visando derrubar governo legitimamente eleito devem ser respondidos com aplicação rigorosa das leis, para exemplares penalizações, dentro do devido processo legal, sem qualquer sentido de vingança e almejando, acima de tudo, a pacificação da sociedade e o fortalecimento da democracia.
Paz duradoura e normalidade democrática exigem cumprimento da lei.
Golpe de Estado nunca mais.
Não ao terrorismo.
Democracia para sempre.
Da Redação