A Central Única dos Trabalhadores (CUT), divulgou nesta terça-feira (10) uma nota assinada por seu presidente Sérgio Nobre e pelo Secretário de Relações Internacionais da entidade, Antonio Lisboa, sobre a guerra declarada por Israel aos palestinos, sitiados na faixa de Gaza. Os dirigentes pedem o reconhecimento de um Estado Palestino, o fim dos conflitos com um cessar fogo imediato e lamentam a escalada da violência.
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A Central Única dos Trabalhadores que, desde a sua fundação há 40 anos, sempre foi solidária à luta do povo palestino pela sua autodeterminação num Estado nacional, direito que lhe é negado há 75 anos pelo Estado de Israel e sua política de colonização, ocupação e bloqueio de territórios palestinos, lamenta profundamente a escalada da violência que assistimos entre o movimento Hamas e Israel desde o dia 7 de outubro e a morte de civis israelenses e palestinos.
A CUT soma sua voz à de todos aqueles que, no plano internacional, exigem um cessar fogo imediato e a retomada de negociações do Estado de Israel com os legítimos representantes do povo palestino. Além do fim do bloqueio criminoso à Faixa de Gaza, onde vivem 2,2 milhões de pessoas que, à pretexto de represálias ao Hamas, sofrem com o corte de água, energia e combustíveis que pode provocar um caos humanitário.
A própria imprensa israelense, como o prestigioso jornal Haaretz, atribui a responsabilidade pela atual situação no Oriente Médio ao governo de Netanyahu, um governo racista, colonizador, autoritário e belicista, que criou uma situação de ataques cotidianos aos palestinos também na Cisjordânia, em Jerusalém oriental, e que foi questionado por grandes mobilizações dentro do próprio Estado de Israel.
A CUT insiste no cessar fogo imediato e na busca de solução para a histórica questão do respeito ao direito do povo palestino ao seu Estado nacional.
São Paulo, 10 de outubro de 2023
Sérgio Nobre
Presidente
Secretário de Relações Internacionais
Antonio Lisboa