A Central Única dos Trabalhadores (CUT) iniciou, na tarde desta sexta-feira (20), durante seu 14º Congresso Nacional (CONCUT), o debate sobre a estratégia de sua atuação para o próximo período, em âmbito nacional e internacional, tendo como foco a defesa da classe trabalhadora que nos últimos sete anos foi duramente atacada em seus direitos, resultando na precarização das relações de trabalho.
As ações da Central estarão ancoradas nos eixos prioritários de fortalecimento da organização sindical, de defesa da democracia e de desenvolvimento sustentável, e as discussões sobre estes eixos prosseguem até o final do Congresso, no domingo (22), culminando com a aprovação do plano de lutas e a eleição da direção executiva da entidade, que será responsável por colocar o plano em prática.
Para o secretário adjunto de Relações Internacionais da CUT, Quintino Severo, a Central deve contribuir com o fortalecimento das organizações do movimento sindical internacional, como a Confederação Sindical Internacional (CSI), a Confederação dos Trabalhadores e Trabalhadoras das Américas (CSA), Federações Globais, a Internacional Progressista e também dos fóruns e redes que reúnem os mais diversos movimentos sociais da classe trabalhadora e populares.
“No plano internacional, a estratégia da CUT deve estar alicerçada no tripé de fortalecimento do movimento e da organização sindical, para enfrentarmos as mudanças do mundo do trabalho, de defesa da democracia, pois só existirá movimento sindical se a democracia prevalecer; e de defesa do desenvolvimento sustentável e do meio ambiente”, disse Quintino.
Para a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e vice-presidenta da CUT Nacional, Juvandia Moreira, vivemos um período muito difícil que trouxe um aprendizado que pode influenciar a ação sindical daqui para frente.
“O movimento sindical tem que saber como a extrema direita se comunica com a população, acompanhar a narrativa deles, saber das mentiras, as fakes news, como ela uso as ferramentas de comunicação para manipular a opinião pública para que a gente possa combater tudo isso”, disse Juvandia. “Não é à toa que o congresso tem como lema ‘Luta, Direitos e Democracia que Transformam Vidas’”.
“É importante reativarmos os comitês de luta e as brigadas digitais para organizarmos a luta da classe trabalhadora e ampliarmos nossa atuação junto às nossas bases”, completou a professora e secretária de Mobilização e Relação com os Movimentos Sociais da CUT Nacional, Janeslei Albuquerque.
O texto base com as estratégias da CUT é público e está disponível no site da entidade. Para ler a íntegra, clique aqui.
Os delegados do 14º CONCUT continuam o debate sobre a estratégia de atuação da CUT em defesa da classe trabalhadora, até a tarde deste sábado (21).
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Fonte: CUT Brasil