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19 de Junho de 2023 às 16:50

Centrais sindicais e movimentos sociais chamam para atos contra juros altos nesta terça 20

Manifestações contra as mais altas taxas de juros do mundo serão realizadas em frente aos prédios do Banco Central em todo o país


A Central Única dos Trabalhadores (CUT) e demais centrais (Força Sindical, CTB, UGT, CSB, NCST, CSP Conlutas, Intersindical e A Pública), entidades sindicais, incluindo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), e movimentos sociais realizam nesta terça-feira (20) atos em várias cidades do país para exigir a redução da taxa básica de juros (Selic). Definido pelo Banco Central (BC), o índice está em 13,75% ao ano – o mais alto do mundo. Veja abaixo todos os locais dos atos.

A manifestação faz parte da Jornada de Mobilização Contra a Política Monetária do Banco Central, que começou na última sexta (16), com uma caminhada em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. A campanha é permanente até que o BC, comandado por Roberto Campos Neto, pare de boicotar a economia por meio da Selic elevada.

Os juros altos dificultam o crescimento da economia, porque faz com que fique mais caro às empresas expandir seus negócios, além de aumentar as dívidas em todos os setores, incluindo das famílias e do governo, com os gastos com contratos de empréstimos e com cartões de crédito.

“Os únicos beneficiados com a prática de uma Selic elevadíssima são os rentistas, detentores dos títulos da dívida pública por meio do Tesouro Direto. No Brasil, os maiores detentores desses títulos são os banqueiros e grandes especuladores, que recebem bilhões de reais que o governo, por meio do Tesouro, paga em juros. Logo, quanto maior a Selic, mais dinheiro sai dos cofres públicos em pagamentos da Dívida Pública, recurso que poderia ser direcionado para outras áreas, como Saúde e Educação”, explicou a presidenta da Contraf-CUT e vice-presidenta da CUT, Juvandia Moreira.

Em 2022, os gastos do governo federal com o pagamento de juros e amortizações da dívida pública somaram R$ 1,879 trilhão – aumento de R$ 464 bilhões em relação ao ano anterior, segundo levantamento da Auditoria Cidadã da Dívida. “Esse crescimento é explicado principalmente pela elevação acelerada da Selic pelo Banco Central, que alcançou 13,75% desde agosto de 2022, sob falsa justificativa de controlar inflação, provocando forte impacto no custo da dívida pública e em toda a economia do país”, destacou a entidade.


Agenda dos atos (ainda em atualização)

Os atos serão em frente aos prédios do BC. Nas cidades onde a entidade não tem sede, as concentrações serão em locais de grande movimento.

Brasília – DF: Eixinho L, na altura da 202 Sul – em frente ao Banco Central, 8h30

Curitiba – PR: Av. Cândido de Abreu, 344 – Centro Cívico, 11h

Porto Alegre – RS: Rua 7 de Setembro, 586 – Centro, 11h

Recife – PE: Rua do Sol – Em frente aos Correios, 15h

São Paulo – SP: Av. Paulista, 1.804 – Bela Vista, 10h

Rio de Janeiro – RJ: Em frente à sede do BC, na Av. Presidente Vargas, 730, 11h

Belo Horizonte – MG: Av. Álvares Cabral, 1.605, Santo Agostinho, às 10h

 

Fonte: Contraf-CUT


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