O Dia Nacional da Consciência Negra, celebrado no Brasil, em 20 de novembro, marca o aniversário de morte do líder quilombola Zumbi dos Palmares. Para celebrar a data, que relembra a importância de refletir sobre a posição dos negros na sociedade, o Sindicato promove o Orgulho Negro Sim!, na sexta-feira (24), a partir das 9h, no Teatro dos Bancários. O evento será transmitido ao vivo pelo YouTube e redes sociais da entidade.
Além de palestras e apresentações culturais, o evento contará com expositores da Feira Preta de Cidade Ocidental, como artesãos, trancistas e desenhistas, entre outros.
A palestra ‘Cotas para negres: uma conversa que vem de longe’ será abordada pela ativista dos direitos humanos Renata Parreira, que é filiada ao Movimento Negro Unificado. Educadora popular, cineasta, especialista em história e cultura afro- brasileira e africana, ela é integrante do Coletivo Candaces – Organização de Mulheres Negras e Conhecimento, Levante Feminista contra o Feminicídio DF Entorno, União Brasileira de Mulheres Brasileira DF. E é coordenadora do Movimento Março por Marielle DF Entorno. Foi premiada com o Troféu Rainhas N’Zingas em Montes Claros. Também produziu o filme “Elas Falam”.
‘A carreira do Direito sob a ótica da raça e diversidade sexual e de gênero’ é o tema da palestra da advogada Trabalhista da LBS, Isabella Gomes Magalhães. Atualmente, ela compõe a equipe de advogados que atuam no Tribunal Superior do Trabalho (TST) e grupos de trabalho e pesquisa do escritório voltado às pautas antirracistas, LGBTQIAP+ e saúde.
Já o tema ‘Nossas origens escravocratas, a violência étnico racial e a exploração do trabalho no Brasil’ será abordado por Helder Molina, mestre em Educação pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Licenciado e bacharel em História, doutor em Políticas Públicas (UERJ), pós-doutorado em Educação (UnB), professor da Faculdade de Educação (UERJ), formador e consultor em Formação Política e Planejamento Sindical.
O funcionário do BRB, Leonardo Alan de Oliveira Bispo, vai falar sobre ‘A carreira bancária sob a ótica da raça negra’. Formado em Ciências da Computação (Unidesc), ele é pós-graduado em Estatística da Educação (Faculdade Fortium), MBA em Finanças, Controladoria e Auditoria (Faculdade Albert Elstein), MBA em Negócios e Estética da Moda (USP), e está cursando MBA Empreendedorismo, Marketing e Finanças (Univitória).
A rainha da moda Henriel, o grupo percussivo Kalungada e a atriz e professora de artes cênicas Léo Thilé são os destaques das apresentações do ‘Orgulho Negro Sim!”.
A drag queen Henriel, além de ser uma rainha da moda, está por trás de todo o processo criativo, desde a concepção até a confecção de todas as roupas, cabelo e maquiagem. “Eu me defino como pura arte e resistência e sonho em alcançar todo o universo com minha voz e minha arte, comenta.
E acrescenta: “Neste caminho, também encontrei um propósito malor, que é usar a minha plataforma como artista drag para combater o racismo. Acredito que a arte é uma poderosa ferramenta de mudança e expressão, e estou comprometido em utilizar minha arte para destacar as questões de discriminação racial que persistem em nossa sociedade”.
O grupo percussivo Kalungada, e seu estilo afro, leva a cultura das rodas de capoeira como resistências dos toques dos tambores afro-brasileiros desse 2017, quando iniciou suas atividades na comunidade da Vila Planalto. Além de um vasto repertório, com composições de grandes bandas brasileiras como Timbalada e Olodum, possui músicas autorais que demonstram a influência dos tambores na capoeira.
Seu trabalho mais recente é a música “Tempestade”, cuja temática principal é a capoeira e sua musicalidade, visível em trechos como: “alma lavada, alma recente / se for preciso, eu nado ‘contra a correte/alma lavada, sobrevivente / o capoeira, nasce como uma nascente.”
A atriz e professora de artes cênicas Léo Thilé também fará uma apresentação no ‘Orgulho Negro Sim’. Moradora do Jardins Mangueiral, filha de santo da casa de caridade vovó Maria da Serra e vovô João Baiano, já atuou em diversas peças de teatro, o mais recente trabalho realizado foi na peça Grande Sertão Veredas de uma Kizumba periférica, no Espaço Cultural Semente, no Gama DF.
Além das palestras e apresentações culturais, o evento contará com expositores da Feira Preta de Cidade Ocidental, como artesãos, trancistas, desenhistas, entre outros.
Luiz Fumaça, mestre de capoeira na Escola de Gingado, será o mediador do evento. Ele atua com projeto de capoeira, ministrando aulas para estudantes das escolas nas cidades de Santa Maria (DF) e Cidade Ocidental (GO). É membro do Coletivo Afro e da Feira Preta da Cidade Ocidental e integrante da Comissão Goiás sem Racismo.
O presidente do Coletivo Afro, Paulo César da Silva, será o mestre de cerimônia. Ele é membro do Conselho de Saúde, sacerdote de casa de matriz africana e presidente fundador da Casa Espiritualista Nossa Senhora de Fátima.
Da Redação