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26 de Novembro de 2024 às 14:09

Seminário “Discutindo o passado e construindo propostas contra o racismo”, nesta quarta (27), às 18h


Crédito: Fernando Frazão/Agência Brasil

No dia 27 de novembro, quarta-feira, a partir das 18h, acontece, via Zoom, o debate “Discutindo o passado e construindo propostas contra o racismo”. Todas e todos estão convidados para participar do evento que será palestrado pela advogada Jessy Dayane Silva Santos, secretária-adjunta de Juventude na Secretaria Geral da Presidência da República e associada ao Centro de Pesquisa Aplicada em Direito e Justiça Racial da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e pelo professor Júlio César Madeiros, doutor em História das Ciências pela Fundação Oswaldo Cruz, mestre em História Social pela UFRJ e graduado em História pela UERJ. Julio leciona “África Antiga” na Pós-graduação do Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos (IPN).

Clique aqui para inscrições.

O debate, que faz parte dos eventos da Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), para o mês da Consciência Negra, poderá também ser acompanhado pelo canal da entidade no YouTube.

"A proposta do encontro é ampliar o conhecimento do cenário que a população negra ainda tem pela frente para alcançarmos uma sociedade igualitária e sem racismo", explica o secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT, responsável pela organização do evento, Almir Aguiar.

Desigualdade racial permanece dolorosa no país

Artigo recente, publicado no site da Contraf-CUT, traz dados alarmantes sobre a violência policial. Segundo um estudo da Rede de Observatórios da Segurança, divulgado recentemente, 90% dos mortos por ações policiais em 2023 eram negros. Ao longo do ano, uma pessoa negra morreu a cada quatro horas em intervenções policiais em nove estados do Brasil. “Essa triste realidade mostra que mudanças estruturais em toda a sociedade são urgentes, principalmente nas políticas de segurança pública dos estados, porque confirmam o racismo estrutural", completa.

Outro dado alarmante divulgado recentemente nos canais da Contraf-CUT é de levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PnadC), do IBGE, e que mostra que ao longo de toda a vida laboral, os negros entre os 18 e 65 anos, recebem R$ 899 mil a menos que os não negros - entre os formados, o valor chega a R$ 1,1 milhão. Em 2024, se os trabalhadores negros tivessem os mesmos salários e as mesmas taxas de desemprego dos trabalhadores brancos, teriam ganhado R$ 103 bilhões a mais.

"Esse trabalho, que mostra o abismo de renda entre negros e não negros no Brasil, é um sintoma de que ainda não superamos os efeitos da escravidão", completa o secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT. “Apesar representarem a maioria da população brasileira (55%) e dos trabalhadores ocupados (55%), além de terem remuneração média 40% inferior ao rendimento dos não negros, quando empregados, negros e negras ocupam os piores postos e têm dificuldades maiores de ascenderem profissionalmente. E isso só tem explicação por causa desta injustiça que precisa ser combatida com políticas públicas direcionadas e permanentFoes para reduzir essa disparidade e, para isso, temos que manter o debate na sociedade, porque é fortalecendo o conhecimento que aumentamos o combate para alcançar essas políticas", pontua.

Serviço

Seminário “Discutindo o passado e construindo propostas contra o racismo”

27 de novembro, a partir das 18h, via Zoom


Inscrições gratuitas pelo link: https://us06web.zoom.us/j/84526909901?pwd=W6S5INMV5bi9Xh5N0zRREFW2lSSXvY.1#success 

Retransmissão pelo Youtube da Contraf-CUT

 

Fonte: Contraf-CUT

 


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