Notícias

home » notícias

27 de Outubro de 2023 às 08:48

Sindicato marca presença no lançamento da campanha Brasil sem Misoginia


O Sindicato participou nesta quarta-feira (25) do lançamento da campanha Brasil sem Misoginia. A iniciativa do Ministério das Mulheres tem por objetivo mobilizar os mais diversos setores da sociedade para o combate ao ódio e à discriminação e violência contra a mulher. O evento reuniu diversas autoridades, como a primeira-dama Janja da Silva, que representou o presidente Lula.

“Não podemos mais aceitar que as mulheres continuem sendo mortas, discriminadas e silenciadas. Brasil sem Misoginia é um chamado para a construção de um país livre de todas as formas de violência e ódio contra as mulheres, sejam elas negras, indígenas, jovens, idosas, LGBTs ou com deficiência”, disse a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves.

Secretária de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres, Denise Motta Dau endossou: “Nós estamos enfrentando no Brasil desigualdades no mundo do trabalho, perseguições políticas às mulheres que decidem participar da vida pública, e os indicadores de violência contra as mulheres, infelizmente, estão altíssimos. Basta de ódio, nós queremos igualdade e respeito”.

Para Janja da Silva, é incabível que, em pleno século 21, a mulher ainda tenha que lidar com situações misóginas. “As mulheres, hoje, estão em lugares importantes e, por isso, elas são atacadas, porque elas têm voz”. A primeira-dama ressaltou a importância da participação da Google, Facebook e Meta na campanha, para combater o discurso de ódio e exposição, por meio da divulgação de fotos íntimas e falsas, de mulheres nas redes sociais. “Vamos cobrar a exclusão dessas contas”, afirmou.

Violência e ódio

“É inadmissível as mulheres sendo mortas só porque são mulheres. “Piadinhas começam o processo de morte que vai acontecer na lá frente. A misoginia mata, permite que as mulheres ganhem a metade dos salários dos homens e destrói todas as famílias que estejam envolvidas nesse processo. Não podemos aceitar isso”, reiterou Teresa Cristina, diretora da Fetec-CUT/CN.

Amanda Corsino, secretária da Mulher da CUT Nacional, destacou a importância a campanha, lembrando dos ataques feitos nos últimos anos pelo governo anterior, “com suas falas misóginas que tanto contribuíram para o aumento da violência contra as mulheres, como o feminicídio”.

Mirane Costa, secretária das Mulheres do Sinpaf (Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário), por sua vez, reforçou: “Estamos vivendo uma sociedade de violência e ódio. E nós precisamos enfrentar isso com políticas públicas que protejam a mulher, que dê emprego, condições de moradia, de educação”.

Já a coordenadora da Secretaria de Assuntos e Políticas para Mulheres Educadoras do Sinpro, Mônica Caldeira, citou que até julho de 2023, 13.519 casos de violência doméstica foram registrados no DF. “Ter uma sociedade que tolera e consegue conviver com isso é sinal de que a gente precisa combater a misoginia, que é a naturalização da violência contra as mulheres”.

Termos de adesão

Na ocasião houve a assinatura de termos de adesão à campanha por mais de 100 entidades e associações, que se comprometeram a criar ações de enfrentamento à misoginia.

Também nesta quarta houve uma mobilização digital para pontuar o lançamento da iniciativa. Influencers e lideranças políticas, além de atores e atrizes manifestaram apoio à causa com a publicação em suas redes sociais de um vídeo com a hashtag #BrasilSemMisoginia.

Mariluce Fernandes
Do Seeb Brasília


Notícias Relacionadas