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1 de Agosto de 2023 às 15:20

Projeto Basta!: É preciso saber, conhecer e entender, para saber identificar e buscar ajuda


Titular da Secretaria de Esportes, Cultura e Lazer do SEEB-RO, Gesica Capato Alencar é a coordenadora do “Basta! Não Irão Nos Calar” em Rondônia e, a exemplo do que fez no Encontro dos Trabalhadores em Cooperativas de Crédito (ECOOP, em maio), também levou aos participantes do 13º COBAN a importância do projeto lançado oficialmente no dia 14 de abril, e que objetiva, sobretudo, assegurar um canal de atendimento humanizado e orientação jurídica às mulheres bancárias e cooperativárias em situação de violência doméstica e assédio sexual.

Bacharel em Administração e Direito e funcionária do Bradesco, Gesica explica em detalhes todos os tipos de violência que são consideradas, pela legislação (Lei Maria da Penha) como domésticas, que são;

 

  • Violência física;
  • Violência psicológica;
  • Violência sexual;
  • Violência patrimonial
  • Violência moral.

 

“São muito comuns esses tipos de violência e muitas de nós, infelizmente, já sofremos com algumas dessas situações. É até chocante quando começamos a estudar sobre o assunto, pois nos lembramos que já passamos por esse tipo de situação e não sabíamos que se tratava de violência doméstica. Por isso sempre falamos que é preciso saber, conhecer e entender, para saber identificar e buscar ajuda. Quanto antes identificar e quanto antes sair da situação, menos danos serão causados”, disse a dirigente.

Gesica enfatiza ainda que o SEEB-RO é o primeiro sindicato da região Norte a ter esse projeto, a lançar este canal, e também o primeiro do Brasil a ter o assédio sexual (no ambiente de trabalho) incluído no atendimento desde sua implantação.

O canal do projeto “Basta! Não irão nos calar” funciona através do número de WhatsApp (69) 99214-0464, em que a mulher, vítima de violência doméstica ou assédio sexual no trabalho, fará o seu relato.

“Ela (a mulher) fará o relato, pelo WhatsApp, e aí serão apresentados os caminhos que ela tem para seguir. Ela é quem decidirá o seu caminho a seguir. E tudo isso é feito de maneira humanizada e com total sigilo. Não é só fazer o relato e registrar um Boletim de Ocorrência, ou pedir uma medida protetiva. É muito mais complexo. Precisamos tirar essas mulheres dessa situação de violência. Vamos divulgar o canal do Basta! Certamente será uma mulher que você está salvando apenas com a divulgação do canal”, acrescentou.

O propósito do projeto Basta!  é, sobretudo, defender a mulher de qualquer situação de violência doméstica, mesmo que ocorra em relações de pessoas que moram – ou não – juntos na mesma, ou que tenham – ou não – qualquer vínculo emocional entre si.

 

ASSÉDIO SEXUAL

É preciso entender que o assédio sexual no local de trabalho não se concretiza apenas em questão de hierarquia funcional. Um colega de trabalho, que profere palavras com cunho sexual, ou que chegam com toques inoportunos no corpo da trabalhadora, também está praticando assédio sexual.

“O canal é exclusivo para mulheres mas, novamente, reforçamos: homens, nós precisamos de vocês na luta contra a violência doméstica e contra o assédio sexual. Divulguem o canal do Basta!, pois a violência doméstica e o assédio sexual não é um problema só da vítima, não é um problema só das mulheres… é um problema nosso, é um problema social e nós, do Sindicato, estamos falando ‘Basta’ para todas as formas de violência”, concluiu.


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